Escrito por Rinaldo Carvalho
Olhamos o que ocorre em nosso bairro, município, estado,
país. Olhamos o que ocorre em outros países e não temos motivo algum para nos
animar com a política. Claro, que há gente em diversos partidos que querem
fazer alguma coisa digna, verdadeira, um trabalho sensato e positivo. Mas são
tão poucos, que é desalentador, olhar e ver que quem domina é sempre uma elite
econômica - independente de partido - que busca favorecer sempre os que
pertencem a sua classe. A política virou um jogo tão sujo, de nível tão baixo,
que as poucas pessoas que tentam remar contra a maré são alvo de atitudes
anti-democráticas de todo tipo. A vontade é ficar longe, por que é terrível. A
política virou um jogo em que o povo é apenas um detalhe, com a compra
descarada de votos como nunca se viu antes, assistimos pasmados um processo em
que a eleição virou um balcão de negócios. Há notícias que em alguns bairros
foi feito balcões literalmente, e lá se negociava o preço do voto. Está uma
verdadeira zorra. Os exemplos que vêm de cima são desanimadores. Senadores,
governadores, deputados atolados em corrupção. Dos maiores partidos e dos
menores também. É tanta sujeira, que o parte da população já está até
acostumada, sabe que não existe perspectiva de mudança mesmo.
Isso é no mundo todo, no Egito a Irmandade Muçulmana que
lutou na revolução pela democracia se apegou ao poder e conferiu ao presidente
egípcio poderes supremos. Na Rússia, Putin vem de uma eleição fraudulenta com
vários vídeos comprovando as irregularidades na eleição e a polícia descente
pancada em quem ousar protestar. Os EUA só tem olhos para si e desprezo total
pelos outros. América Latina? o que é isso? Inglaterra, com seus escândalos de
tempos em tempos, a França, mais confusa do que nunca. A argentina com o famoso
culto à personalidade, Cristina vem fazendo uma besteira atrás da outra.
Chaves, da Venezuela é o Dom Quixote bolivariano. Rafael Correa do Equador vive
às turras contra a Colômbia, que se alinhou ao EUA. O Peru nunca mais se
levantou depois de Fujimori. E o Brasil vive uma crise sem precedentes de
desilusão com as autoridades. Até os julgamentos são questionados, se tal
ministro do STF é ou não a favor deste ou daquele... É insuportável, um país
onde o que funciona é por que favorece de alguma maneira os ricos, e só.
Pacificação, desenvolvimento... tudo é para favorecer os ricos e ponto. A
rebarba fica para os pobres. Mas a desigualdade caiu. De fato, perceberam que
era impossível não repartir um pouquinho mais o bolo, caminhávamos para uma convulsão
social. Mas tudo é pensado e bem planejado para amortecer os trabalhadores e os
menos favorecidos. Vivemos num sistema muito perverso e não há nenhum vislumbre
de mudança.
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