quarta-feira, 26 de dezembro de 2012
Preciso mudar
2013 vem chegando rapidamente. Passou o Natal, de emoções que nunca tinha experimentado. A saudade bateu e a falta de meu pai, minha avó e minha mãe foi forte. Pedi a Deus que me desse força, coragem e perseverança. Preciso desses sentimentos e muito. Preciso abrandar meu coração que está ferido. Nunca fui assim, mas estou intransigente com muitas coisas, estou sem paciência, não estou consiguindo ficar calado, não estou aguentando acusações nem maledicência. A minha atitude tem sido pesada. Não quero ficar assim, tenho que mudar. Preciso me acalmar, preciso ter paciência. Deus me ajude a conseguir, pois em mim mesmo não estou achando força. Me dê um novo ânimo, me dê sua paz, quero ter temperança. Quero viver uma humildade sincera, sem covardia, mas sem olho por olho dente por dente.
domingo, 23 de dezembro de 2012
Natal sem você minha mãe
Em todos os 41 anos de minha vida você esteve comigo. Nessa época natalina lembro que íamos quando eu era pequeno ao centro do Recife e por conta da seu pouco dinheiro íamos às lojas populares comprar roupa. Calças, camisas e sapatos para mim, meus irmãos e para os que estavam morando conosco. Era tão pouco dinheiro, não sei como conseguia comprar presentes para todo mundo. Lembro quando a situação estava tão difícil em alguns anos, mais ainda do era rotineiramente, que por muito tempo comprávamos nas promoções, nos balcões de "saldão", aqueles tabuleiros que ficam em frente das lojas até hoje. Por diversas vezes só deu para comprar tecido e depois costurar as roupas. Aqueles foram os meus melhores Natais. Sua Presença me protegia e andávamos apressados pela cidade, com sua mão me segurando, quem me poderia fazer mal? minhã mãe estava comigo. Protetora, amorosa, cuidadosa. Não esquecia de sua mãe, minha querida Avó Amara, os vestidos de minha avó eram sempre especiais, com belos tecidos. Ela vestia com muito gosto e na noite de Natal havia muita comida. Sempre tudo muito simples, com muito esforço a senhora comprava tudo para a mesa ficar bem bonita, tinha muito cuidado em enfeitar bem uma árvore de Natal. Lembro de uma de algodão que ficou bem diferente e original, a senhora ficou tão orgulhosa com ela. Gostava de receber todo mundo em sua casa, nunca deixou de receber ninguém, de perto ou de longe, amigos ou inimigos, todos vinham e comiam e recebiam carinho. Sua mão sempre foi generosa, seus olhos não podiam ver fome, não podiam ver ninguém prostrado. Quantas vezes eu a vi chorar por seus inimigos, por quem não lhe retribuiu o bem, mas voltava, e era recebido e era amado e era perdoado. Eu não sou comparável a você minha mãe, ainda sou duro e não tenho essa bondade do seu coração, todas as mães do mundo são especiais, e a senhora é a mais especial para mim. É a minha mãe, não tenho outra, não tenho a quem chamar de mãe, nunca mais. Depois de grande, sempre sabia aonde ir no Natal. Casado, com minha esposa e filho, sua casa era o lugar certo para onde caminhávamos. Você sempre foi prioridade, por que seu amor cercava e guardava, lembrava e cuidava. Eu Sei que você sofreu muito na vida, sei da sua infância, sei que nunca teve um Natal como a senhora sempre nos deu. É difícil imaginar alguém que sofreu tanto ser tão perfeita em acolher, em se sacrificar, em se doar. Agora é 23 de dezembro de 2012 e eu não sei para onde ir ou o que fazer, por isso resolvi escrever só para dizer que sempre vou te amar e que um dia vou lhe encontrar, se for para chorar como agora, sei que não será, sei que se for pra chorar vai ser de alegria, de abraçar e não querer soltar, e falar muito obrigado minha mãe, eu queria lhe dizer agora muitas vezes, queria que nunca esquecesse. É meu primeiro Natal sem a senhora e é uma coisa muita estranha e dolorosa, mas eu sei que amei, que fui cuidado, que fui amado, por isso Obrigado minha mãe, minha mãedete.
sexta-feira, 21 de dezembro de 2012
Câmara aprova projeto de lei que torna hediondos os crimes relacionados à pedofilia
O projeto de lei que modifica o Estatuto da Criança e do
Adolescente (ECA), qualificando como hediondos os crimes relacionados à
pedofilia foi aprovado pela Câmara dos Deputados no último dia 5. O texto prevê
pena de reclusão de 5 a 12 anos e multa para quem aliciar, agenciar, atrair ou
induzir criança ou adolescente à exploração sexual.
A mesma pena vale para aqueles que facilitam a exploração
sexual infanto-juvenil, como proprietários, gerentes, ou responsáveis pelo
local onde o crime é cometido. Nos casos em que o crime é praticado com a
utilização de violência ou grave ameaça, a pena será aumentada. O projeto ainda
retornará ao Senado para nova apreciação.
quarta-feira, 12 de dezembro de 2012
A beleza de ser Pai
Eu tive um grande pai, o Sr. Oséas marcou minha vida de modo intenso. Não convivi muito tempo com ele na infância, mas os contatos com ele sempre existiram, ele nunca me esqueceu nem a meus irmãos. E eu tenho uma alegria imensa por ser pai. Sem dúvida a beleza da maternidade é indescritível, pois carregar uma vida durante meses é um laço muito forte, ou pelo menos deve ser para a maioria das mulheres. A beleza de ser pai não rivaliza com a da mãe. São complementares. Viver sendo o pai, alguém que protege, que ajuda, sustenta, apóia, incentiva, levanta, empurra, corre junto, cuida, ensina e faz tantas coisas pelo filho é simplesmente demais! é maravilhoso! sofrer para cuidar, negar o descanso, sim mas indo cansado e alegre.
Houve um momento em que senti na pele o que é ser pai. Vinha com meu filho na rua quando um motoqueiro saindo da avenida adentrou na rua aonde estávamos e veio velozmente em nossa direção. Ia bater em meu filho. de maneira institiva coloquei rapidamente meu corpo na frete dele para protegê-lo. O rapaz da moto freou mas não teve como evitar a batida em mim, mas não me machucou muito pela minha estatura e pelo esforço da freada, a pancada mais forte foi na minha perna, e, pelo tamanho de meu filho aquela pancada poderia ser na cabeça dele. Mas o pai dele estava lá. Se fosse para dar a vida com certeza eu daria, sem hesitar. Foi quando eu me dei conta que eu era de fato um pai.
Ser capaz de enfrentar tudo, ser capaz de fazer sacrifícios, de lutar pelos sonhos dele, de mover as montanhas e encarar os próprios medos. Essa parte não é fácil, mas é dever do pai dar tudo pela família. Ele pode aguentar a dor, mas vai dar a chance de seu filho se fortalecer, de aprender, de ter fé. Vai ensiná-lo que não deve desistir, mesmo que não haja força nele para seguir em frente. Quando o desânimo e a tristeza batem a porta, o pai se levanta e junta sua família. Toma seu filho pelo braço e lhe diz - seja forte, não tenha medo! e ver que mesmo sendo tão fraco, pode pelo dom celeste, ser tão forte.
Houve um momento em que senti na pele o que é ser pai. Vinha com meu filho na rua quando um motoqueiro saindo da avenida adentrou na rua aonde estávamos e veio velozmente em nossa direção. Ia bater em meu filho. de maneira institiva coloquei rapidamente meu corpo na frete dele para protegê-lo. O rapaz da moto freou mas não teve como evitar a batida em mim, mas não me machucou muito pela minha estatura e pelo esforço da freada, a pancada mais forte foi na minha perna, e, pelo tamanho de meu filho aquela pancada poderia ser na cabeça dele. Mas o pai dele estava lá. Se fosse para dar a vida com certeza eu daria, sem hesitar. Foi quando eu me dei conta que eu era de fato um pai.
Ser capaz de enfrentar tudo, ser capaz de fazer sacrifícios, de lutar pelos sonhos dele, de mover as montanhas e encarar os próprios medos. Essa parte não é fácil, mas é dever do pai dar tudo pela família. Ele pode aguentar a dor, mas vai dar a chance de seu filho se fortalecer, de aprender, de ter fé. Vai ensiná-lo que não deve desistir, mesmo que não haja força nele para seguir em frente. Quando o desânimo e a tristeza batem a porta, o pai se levanta e junta sua família. Toma seu filho pelo braço e lhe diz - seja forte, não tenha medo! e ver que mesmo sendo tão fraco, pode pelo dom celeste, ser tão forte.
terça-feira, 11 de dezembro de 2012
O valor da Ingratidão
A ingratidão tem valor? sim, hoje em dia a ingratidão é um bem preciosíssimo. A ingratidão traz muitas vantagens. O ingrato se livra da dívida moral com quem lhe estendeu a mão, esquece propositalmente de quem se esforçou para lhe fazer bem, por que haveria de lembrar disso? teria que lembrar que o curso da minha vida poderia ser outro se não fosse a intervenção solidária, ele diz - ah, que chato ter que lembrar disso, tenho que esquecer! preciso me libertar! preciso ser ingrato! uf, que alívio, já posso desdenhar de quem me quis bem... ainda bem! sou livre!
O ingrato pode abandonar quem lutou e encampou suas batalhas, por que há outros interesses em jogo - Bem - Ele diz - Agora as coisas mudaram, eu agora vou por aqui, vou fazer de conta que não precisei de ninguém - se eu os vir na rua vou disfarçar, fazer de conta que não os conheço. Assim não vou me indispor com quem não gosta deles, eu tenho novos projetos...
O ingrato quebra alianças de amizades por que seu ego é maior do que os laços do coração. Na vida ninguém pode abdicar da ajuda alheia, mas o ingrato tem o "dom" de usar a ajuda no momento certo e depois "esquecer", mesmo sabendo que o outro não quer nada em troca, apenas um convívio respeitoso, de alegria e contentamento com os que lhe querem bem.
O ingrato tem a maleabilidade intelectual - maquiavelismo - de diminuir o valor da ação de quem lhe ajudou. Em momentos cruciais da vida, quando se está numa encruzilhada e uma decisão pode afetar toda a história de nossa vida, Deus nos abençoa com a presença de alguém que nos diz - conte comigo! e esta pessoa atravessa conosco os mares revoltos da lida. Mas nós podemos ser ingratos. Podemos dizer, ah! não seria tão ruim assim não, poderia caminhar e fazer tudo sem esse alguém!
O ingrato bem escolado tem a capacidade de esnobar, de escarnecer, de fazer galhofa. Quando se está nesse nível já está diplomado e pós graduado em ingratidão.
Os "professores" do engano
Dia 11 de dezembro de 2012. Tem gente achando que no dia 12 do 12 de 2012, ou seja, amanhã. Possa acontecer alguma coisa fantástica, extraordinária. Outros acham que vai ser no dia 21/12/2012, que os maias teriam previsto uma mudança. Seria o fim de um ciclo e começo de outro. É muita coisa acontecendo e o mundo se tornando cada vez mais estranho. Comediante antes só nos fazia rir, agora, tem o Rafinha, o palhaço dos Simpsons que mete medo nas pessoas. O Arauto politicamente incorreto de uma sociedade hipócrita. Notícias de policiais matando inocentes e cometendo barbaridades. E já faz tempo que o regime da ditadura acabou. Notícias de Governos que não querem diminuir a conta de energia para não "popularizar" a presidente. E o povo? é um detalhe... Guerra de bandidos contra policiais em São Paulo, e o povo no meio levando tiro e pancada. E vem a tona que uma tal de Rosemary mandava e desmandava na República, ela seria "amiga" do ex-presidente Lula. Eu já estou cansado dessa sujeira toda, já estou mais que irritado, já está dando nojo. O Brasil, nosso lindo país, tem esquisitices. A falta de um mínimo patriotismo é uma delas. Ninguém pergunta o que eu posso fazer pelo país? tem muita gente se abarrotando de dinheiro da viúva, como diria o amado e odiado Elio Gaspari. Ninguém parece se escandalizar. Não existem mais escândalos, acabaram com os escândalos no Brasil. Não pararam de roubar, não, as pessoas parecem que vão se conformando, e muita gente querendo ver se entra nesse trem. Vão aprendendo a conjugar verbo roubar, o verbo mentir, o verbo enganar, o verbo trapacear o verbo trair, o verbo caluniar, o verbo camuflar, o verbo escamotear, o verbo usurpar, o verbo tripudiar e outros desse tipos. Os professores vão "ensinando" e o povo aprendendo. Os "mestres" professores estão em Brasília/DF, mas nas Capitanias também tem professores e nos Condados também.
sexta-feira, 7 de dezembro de 2012
Múmia da Rainha Egípcia Madrasta de Moisés é Identificada no Egito
Segunda maior descoberta da história da egiptologia
corrobora ainda mais a veracidade histórica da narrativa do livro do Êxodo
A segunda maior descoberta arqueológica da História
referente ao Antigo Egipto, anunciada em 27 de Junho, está intimamente
relacionada com a história bíblica. Os jornais do mundo todo que noticiaram o
achado não atentaram para o facto, mas as evidências históricas apontam
Hatshepsut, a mais poderosa rainha egípcia da História, como sendo a madrasta
de Moisés.
O corpo mumificado de Hatshepsut foi encontrado em 1903,
numa sepultura comum no Vale dos Reis, no Egipto, porém só agora, no final de
Junho, foi identificado. Os egiptólogos, coordenados pelo secretário geral do
Conselho Supremo de Antiguidades do Egipto, Zahi Hawass, concluíram por um
dente e pistas de DNA que o corpo mumificado de uma mulher falecida com cerca
de 50 anos é realmente da antiga rainha.
Hatshepsut foi uma das rainhas mais famosas do Egipto do
tempo dos faraós e centralizou mais poderes que Cleópatra e Nefertiti. Foi ela
que governou o país por mais tempo, compreendendo o período de 1502 a 1482 a.C.
Uma vez que as evidências históricas apontam para ela como sendo a princesa que
adoptou Moisés como seu filho, conforme registado no livro de Êxodo, a
confirmação desta descoberta é mais um facto que corrobora a veracidade da
narrativa bíblica.
Os especialistas compreenderam tratar-se da famosa
governante quando examinaram uma caixa de madeira com o nome de Hatshepsut
entalhado e descobriram nela a existência de um dente e um fígado humano.
Obedecendo à tradição egípcia do devido cuidado dispensado aos integrantes da
realeza quando eram mumificados, o dente e o fígado foram retirados do corpo da
falecida Hatshepsut durante o processo de embalsamento do seu corpo e
cuidadosamente preservados.
De acordo com o dentista Galal EL-Beheri, convocado pelos
pesquisadores, o dente molar encontrado na caixa de relíquia tem o nome de
Hatshepsut gravado e encaixa-se perfeitamente no espaço da mandíbula do corpo
encontrado em 1903.
A múmia estava guardada no terceiro andar do Museu Egípcio
do Cairo onde também podiam ser encontrados os restos da sua ama de leite que
serviu como enfermeira da realeza.
Entretanto, durante anos, os cientistas divergiram quanto à
identidade da rainha. Era, até então, apenas uma suspeita, que se confirmou
verdade, fazendo com que o egiptólogo Zahi Hawass saudasse o facto como “ a
maior descoberta na egiptologia desde 1922, quando a múmia do rei Tutancamon
foi encontrada pelo britânico Howard Carter”.
Evidências que comprovam a narrativa de Êxodo
Historiador Eugene Merrill |
Eugene H. Merrill, historiador e professor do Antigo
Testamento no Seminário Teológico de Dallas, EUA, e autor do livro Kingdom of
Priests, publicado pela CPAD em 2001, com o título História de Israel,
apresenta os detalhes históricos que ligam Hatshepsut a Moisés. Na questão das
datas, ele usa como referência uma das melhores obras sobre o assunto, o livro
Cambridge Ancient History, mas ressalta que qualquer divergência de datas é tão
pequena que não afecta a conclusão.
“Cambridge Ancient History é uma publicação lançada por
estudiosos imparciais, reconhecidos academicamente como autoridades da mais
alta confiabilidade. Mesmo assim, quaisquer ajustes nas datas que aumentem ou
diminuam alguns anos em nada afectarão as conclusões que propomos”, afirma Merrill.
O especialista compara as datas ligadas aos faraós com o
relato bíblico do Êxodo. “Admitindo a data de 1446 aC. Para o êxodo,podemos
determinar a data de nascimento de Moisés. O Antigo Testamento informa que
Moisés tinha a idade de 80 anos pouco tempo antes do êxodo (Ex. 7:7), e 120
anos na sua morte (Dt. 34:7). Visto que a sua morte ocorreu bem no fim do
período do deserto, podemos datá-la de 1406aC. Um simples cálculo então fornece
o ano de 1526aC para o seu nascimento. Por conseguinte Moisés nasceu no mesmo
ano da morte do faraó Amenotepe. Ora, Amenotepe foi sucedido por Tutmose I
(1526-1512aC), um plebeu que tinha casado com a irmã do rei. Provavelmente, foi
ele o autor do decreto que ordenou o infanticídio, pois enquanto Moisés estava
em iminente perigo de morrer, Arão, irmão de Moisés que havia nascido três anos
antes (Ex. 7:7), parece ter estado isento. Não seria difícil admitir que o
faraó que promulgou esta política deve ter subido ao trono após o nascimento de
Arão e antes do nascimento de Moisés. Nesse caso, a evidência bíblica aponta
directamente para Tutmose I, que foi pai de Hatshepsut, explica Merrill.
Merrill continua, mostrando como a narrativa bíblica do
êxodo está ligada à história dessa sequência de faraós do Antigo Egipto.
“Tutmose II (1512-1504aC) casou-se com Hatshepsut, sua meia-irmã mais velha.
Ele morreu jovem sob circunstâncias bastante misteriosas. Sentindo que se
aproximava a morte, ordenou a nomeação de Tutmose III (1504-1450aC) como seu
co-regente e herdeiro. Esse governante que, sem dúvida, foi o mais ilustre e
poderoso dentre os que viveram no Novo Reino, distinguiu-se de várias maneiras.
Os seus primeiros anos foram muito promissores. Tutmose III era filho de uma
concubina e tinha-se casado com a sua meia-irmã, filha de Hatshepsut e Tutmose
II. Ele obteve notáveis vitórias nas terras em seu redor, que incluíam nada
menos que 16 campanhas à Palestina. Porém os primeiros 20 anos do seu reino
foram dominados pela sua poderosa madrasta, Hatshepsut. Embora proibida, pela
cultura, de ser faraó, ela de facto agia como tal e, em todos os critérios,
pode ser considerada a pessoa de maior fascínio e influência da história
egípcia” frisa o historiador norte-americano.
Merrill lembra que nos primeiros anos de Tutmose III,
Hatshepsut foi quem ditou as resoluções. “Esse era um relacionamento que
decerto Tutmose III detestava, mas encontrava-se impotente para se opor.
Somente após a morte da madrasta, ele demonstrou toda a repugnância que sentia
por ela, mandando extinguir toda e qualquer inscrição ou monumento em sua
homenagem”, ressalta o especialista.
Zahi Hawass |
Zahi Hawass explica que foi pelas medidas de Tutmose III
contra Hatshepsut que os egiptólogos demoraram a identificar o corpo da rainha.
“A confusão em torno da identificação da múmia deve-se ao facto de Hatshepsut,
um elemento da realeza do Egipto, estar sepultado numa tumba comum.
Tutmose III e os demais governantes demonstraram toda a sua
aversão pela falecida rainha e ordenaram a eliminação de qualquer vestígio da
sua passagem pela terra. Portanto, aos seus defensores restou somente a
alternativa de esconder os restos num túmulo comum para escapar da ira dos
perseguidores. Além disso, vários cadáveres da realeza egípcia foram
transladados das suas tumbas originais e guardados em sepulturas mais discretas
para ocultá-los da acção de saqueadores. Devido a essas mudanças de “endereço”,
muitas vezes as marcas que identificavam os corpos perdiam-se no caminho”,
esclarece o egiptólogo.
O professor Eugene Merrill salienta detalhes históricos da
vida da famosa rainha que se encaixam perfeitamente com o relato bíblico. “O
quadro geral de Hatshepsut leve-nos a identificá-la como a ousada filha do
faraó que resgatou Moisés. Somente ela, dentre todas as demais mulheres da sua
época, seria capaz de ir contra uma ordem do faraó, bem diante dele. Embora a
data do seu nascimento seja desconhecida, sabe-se que Hatshepsut era bem mais
velha do que o seu marido, Tutmose II, que morreu bem próximo dos seus 30 anos,
em 1504aC. Ele devia estar na sua adolescência em 1526aC, data do nascimento de
Moisés, que ocorreu sob o governo do pai de Hatshepsut, Tutmose I. Portanto,
ela estava em condições da agir em favor de Moisés”.
Merrill ainda destaca a provável tensão no palácio entre
Tutmose III e Moisés, protegido de Hatshepsut. “Tutmose III era de menor idade
quando assumiu o poder em 1505aC e mais novo do que Moisés. Se Moisés foi filho
de criação de Hatshepsut, há uma probabilidade de ele ter sido uma forte ameaça
ao jovem Tutmose III.
Hatshepsut não tinha filhos homens naturais. Isso significa
que Moisés era um candidato a ser faraó, tendo apenas como obstáculo a sua
origem semítica. Parece-nos que houve uma real animosidade entre Moisés e o
faraó. Isso fica claro em virtude de Moisés ter sido forçado a fugir para
salvar a vida após ter matado um egípcio. O facto de o próprio faraó ter
considerado a questão, que noutra situação seria pouco relevante, sugere que
esse faraó especificamente tinha interesses pessoais em se livrar de Moisés”,
argumenta o historiador. Realmente, nada mais lógico para explicar a estranha
atenção que o faraó deu a esse caso, que noutras situações seria considerado
banal, e a sua atitude registada em Êxodo 2:15 : “Ouvindo, pois, o faraó este
caso, procurou matar Moisés; mas Moisés fugiu diante da face do faraó, e
habitou na terra de Mídia”.
Merrill complementa:”O exílio auto-imposto de Moisés ocorreu
em 1486aC, quando ele tinha 40 anos de idade, conforme Actos 7:23. Tutmose III
já estava no poder há 18 anos e a idosa Hatshepsut, que falecera 3 anos mais
tarde, não tinha mais condições de interditar a vontade do seu
enteado-sobrinho”. Segundo os resultados da ressonância magnética no corpo
mumificado, a rainha provavelmente sofria de diabetes e a causa da sua morte
teria sido o cancro.
A descoberta do corpo de Hatshepsut é realmente algo
excepcional, antes inimaginável de se conseguir, já que, quando Tutmose III
sucedeu a Hatshepsut em 1483aC, para tentar apagar a memória dele entre os
egipcíos, não só matou em público todos os oficiais que a serviram como também
mandou destruir todos os monumentos construídos em sua homenagem. Porém, quis
Deus que o corpo da madrasta de Moisés, da mulher que, mesmo sem saber, foi o
instrumento divino para preservar aquele que Deus escolhera para libertar o seu
povo do jugo egípcio, fosse encontrado 3,5 mil anos depois.
A razão porque Moisés, depois de longos 40 anos de exílio,
sentiu-se livre para retornar ao Egipto (seguindo a orientação divina) foi que
Tutmose III já havia morrido. Ele faleceu em 1450aC, quando Moisés já estava
com 76 anos de idade, sendo 36 deles em exílio. A morte de Tutmose III é
mencionada em Êxodo 2:23 : “Decorridos muitos dias (ou seja, anos depois do
casamento de Moisés e do nascimento do seu filho Gerson, narrados em Êxodo “:
16-22), morreu o rei do Egipto; os filhos de Israel gemiam sob a servidão, e
por causa dela clamaram, e o seu clamor subiu a Deus”. Em Êxodo 4: 10, quando
Deus chama Moisés a voltar ao Egipto, Ele afirma: “Vai, volta para o Egipto,
porque todos os que buscavam a tua alma morreram”.
“Tutmose III morreu em 1450aC e foi sucedido pelo seu filho
Amenotepe II(1450-1425aC). Era esse Amenotepe que reinava na ocasião do êxodo
do povo de Israel do Egipto”, afirma o professor Merrill
O faraó do êxodo
Embora alguns estudiosos defendam que o faraó por ocasião do
êxodo do povo de Israel do Egipto possa ter sido Ramsés II (1304-1236aC), essa
tese é pouco provável.
“O relato bíblico requer um reinado de 40 anos para o faraó
que perseguiu a vida de Moisés. O rei que morreu perto do fim dos anos de
exílio de Moisés em Mídia era claramente o mesmo que o havia ameaçado quase 40
anos antes Ex. 2:23; 4:19). Ora, dentre todos os reis da 18º dinastia, somente
Tutmose III teve um reino tão longo. Ele é o único governante, próximo do
período durante o qual o êxodo poderia ter ocorrido, que reinou tanto tempo.
Com excepção de Ramsés II. Porém, Ramsés é geralmente
associado ao faraó do êxodo, não ao faraó cuja morte possibilitou o retorno de
Moisés ao Egipto, e o faraó anterior a Ramsés´não teve um reinado tão longo. E
se Ramsés fosse o rei que forçou o exílio de Moisés, e não o do período em que
ocorreu o êxodo, ainda há o problema de que 1236aC (data do seu falecimento) é
uma data muito longe para ser satisfatória”, argumenta Merril com precisão.
Porém mais dois argumentos de Merril fecham a questão.
“Amenotepe II morava em Menfis e, aparentemente, reinou daquele local por um
bom tempo. Isso coloca-o em grande proximidade com a terra de Gósen, fazendo-o
bastante acessível a Moisés e Arão. Em segundo lugar, as evidências sugerem que
o governo de Amenotepe não passou para o seu filho mais velho, mas para o
caçula Tutmose IV. Essa é uma informação subentendida na chamada “Estrela do
Sonho” , que foi encontrada na base da Grande Esfinge de Mênfis. O texto, que
regista um sonho no qual Tutmose IV recebeu a promessa de que um dia viria a
ser rei, sugere que o seu reino sucedeu mediante uma imprevista mudança no
destino, como a morte prematura do irmão mais velho, uma possível referência à
décima praga, da matança dos primogénitos, conforme Êx. 12:29”, aerremata
Merrill.
As pedras clamam
Estudiosos das Sagradas Escrituras receberam com alegria a
notícia da identificação da madrasta de Moisés.
“É o clamor das pedras. Não que precisemos de achados
arqueológicos para fundamentar a nossa fé, mas eles ajudam a confirmar que o
que temos crido é verdade. A fé evangélica é independente de comprovações
científicas, entretanto, quando elas ocorrem, esclarecem dúvidas dos que não
crêem e mesmo dos que precisam 'tocar para crer', analisa Sara Alice
Cavalcanti, professora de Língua e Literatura Hebraicas.
Pastor Esequias Soares |
O Pastor Esequias Soares, teólogo e líder da Assembleia de
Deus em Jundiaí (SP) e da Comissão de Apologia da CGADB, destaca que só de
algumas décadas para cá os especialistas atentaram para as fortes evidências de
que Hatshepsut foi madrasta de Moisés. “Sempre defendi que Hatshepsut foi a madrasta
de Moisés. Foi uma grande rainha.
Em 1987, visitei o Museu Britânico e vi a estátua dela, que
era enorme. No século XIX e no início do XX, os estudiosos acreditavam que
Ramsés II era o faraó do êxodo. É só lembrar do filme Os Dez Mandamentos, de
Cecil B. DeMille. O filme mostra Ramsés como o governante do Egipto durante a
saída dos israelitas do país, mas as descobertas recentes revolucionaram esse
panorama. A referência bíblica encontra respaldo também na descoberta
arqueológica de que o rei Ahmose foi o monarca que expulsou os hicsos em
1570aC.
Os icsos foram uma linhagem semítica de conquistadores
asiáticos que assumiram o controle do país desde a 13ª dinastia. Com a expulsão
destes, Ahmose fundou a 18ª dinastia, da qual pertence Hatshepsut. Foi ele quem
mudou drasticamente o tratamento respeitoso então dispensado aos judeus. Essa
alteração no comportamento dos egípcios confere com Êx. 1: 8-11, onde o novo
faraó 'que não conhecera José' estimulou a desconfiança do seu povo em relação
a Israel, que passou a ser qualificado como invasor e uma ameaça à segurança
nacional”.
O Pastor Esequias lembra alguns teólogos que contribuiriam
para solidificar a verdadeira identidade da madrasta de Moisés. “No Brasil, o
Pastor e teólogo António Neves Mesquita”, professor catedrático de Hebraico e
Antigo Testamento da Faculdade Baptista do Brasil, e autor do livro Povos e
Nações do Mundo Antigo. Nessa obra, ele identifica Hatshepsut como a princesa
egípcia Tertumis, citando Flávio Josefo como fonte”, ressalta o líder que
lembra ainda que o Manual Bíblico de Halley, antiga obra traduzida para o
Brasil, alguns anos antes de Mesquita também já defendia essa compreensão.
“Mais uma prova de que as Escrituras são dignas de
confiança, apresentando a veracidade dos factos e revelando informações
precisas das antigas civilizações. Essa identificação veio em boa hora,
justamente para refutar as informações equivocadas do livro A Bíblia não tinha
razão, escrito pelos israelitas Israel Finkelstein e Neil Asher Silberman”,
comemorou o Pastor José Gonçalves, membro da Comissão de Apologia da CGADB.
“Nesse tempo de contestadores e críticos das Sagradas
Escrituras, podemos afirmar que as pedras estão clamando para que aceitem a
Bíblia como a Palavra de Deus, como a única regra de fé para a vida e o
carácter”, afirma o Pastor e apologista Natanael Rinaldi.
Pelo relevante interesse do assunto tomamos a liberdade de transcrever o texto do periódico "Mensageiro da Paz" da Casa Publicadora da Convenção das Assembleias de Deus no Brasil (CPAD) - Samuel R. Pinheiro
Fonte: Mensageiro da Paz / Via: Pr. jose iadrn
quarta-feira, 5 de dezembro de 2012
Donos do saber (será?)
Quando lembro de minhas aulas de filosofia na faculdade, vem a minha mente as imagens do meu Professor falando de Platão. Esse dividiu no seu pensamento a idéia de que na sociedade existem pessoas com talentos e habilidades diversas, mas que ele dividia em algumas categorias. Uns seriam guerreiros, outros produziriam e comercializariam e por aí em diante. Haveria segundo ele aqueles que se detêm ao Saber, a busca pelo conhecimento. Esses seriam os mais preciosos dos serres humanos. É pertinente observar que hoje além de uma elite econômica, temos em nossas sociedades a elite científica, acadêmica. Muita gente vive se entupindo de livros e buscando pós-graduações numa busca frenética por auto-aceitação, impor respeito aos meros possuidores do senso comum, criar uma barreira e ao mesmo tempo um altar, onde possam ser adorados por que são "doutores".
O Ego se insufla de uma maneira tão estúpida que eles chegam a contar uma piadinha infame, de que não importa o seu projeto, importa quem é o seu orientador, numa referência a um coelho que traz animais ferozes a uma toca e lá eles são devorados. Havia uma onça orientando o coelho. Os estudantes seriam os coelhos e os doutores a onça. Não é uma graça? Acho ridículo a luta dentro das universidades pra ver quem é mais ou menos marxista, quem é mais ou menos de esquerda, etc, etc... Pessoas que vivem desconectadas da realidade, no entanto, por que foram em algumas pesquisas na "comunidade" acham que sabem tudo sobre o povo. A sociedade é bem complexa e por mais teórico e abrangente que sejam os estudos dos gênios das ciências, a realidade é larga, vasta demais, para os donos do saber se apropriarem dela. Desprezam o conhecimento do dia a dia, desprezam, quem não vive no meio acadêmico, desprezam as opiniões simples. Eu não vou ficar aqui falando o nome dos figurões das ciências que eles citam, conheço um pouquinho da lógica academicista, e até conheço um pouco das teorias, isso não me empolga, não me seduz. As vezes o ambiente de pesquisa se torna um ambiente de guerrinhas e intrigas, de grupinhos, de alunos que são "encaminhados" por serem os "escolhidos" pelos doutores messiânicos.
Conheço caso real em que uma aluna que já tem mestrado na UFPE, por pouco não foi reprovada na seleção de doutorado pelo simples fato de ser uma policial civil. Uma "doutora" da banca achou que podia manchar o nome da UFPE ter uma policial com doutorado por esta universidade, já que ela pertencia a um órgão "repressor do Estado" e aquela área social não combinava com um(a) policial. Foi repreendida por outra da banca, que conhecia a história de luta da estudante, que saiu do sertão e hoje além de policial é professora, e mais, a sua atuação na polícia sempre foi pedagógica na busca do fortalecimento da cidadania das pessoas. Esse é um caso. Conheço muitos outros. Há bons pesquisadores e estudiosos, mas tem gente querendo manter apenas seu status.
Estudar é bom, mas buscar aceitação, de si mesmo ou dos outros por causa de um titulo, estou fora, minha alma gosta de aprender, mas as fontes do conhecimento não estão apenas nas faculdades. Voltar pra lá... Sim, talvez, mas minhas motivações e objetivos precisam estar definidos e ter valor minimamente nobre, começando com mudança interior além de ser solidário. A sabedoria dos homens é loucura para Deus, e a loucura de Deus é mais sábia do que a sabedoria humana. Prefiro seguir a Jesus e buscar sua vontade pra mim, se for para estudar, é para o propósito dele, se for para me gloriar, prá lá ele não me levará mais. A Glória é Dele, ó Sábio é Ele. A Ele pois o Louvor para Sempre, Aleluia!
O Ego se insufla de uma maneira tão estúpida que eles chegam a contar uma piadinha infame, de que não importa o seu projeto, importa quem é o seu orientador, numa referência a um coelho que traz animais ferozes a uma toca e lá eles são devorados. Havia uma onça orientando o coelho. Os estudantes seriam os coelhos e os doutores a onça. Não é uma graça? Acho ridículo a luta dentro das universidades pra ver quem é mais ou menos marxista, quem é mais ou menos de esquerda, etc, etc... Pessoas que vivem desconectadas da realidade, no entanto, por que foram em algumas pesquisas na "comunidade" acham que sabem tudo sobre o povo. A sociedade é bem complexa e por mais teórico e abrangente que sejam os estudos dos gênios das ciências, a realidade é larga, vasta demais, para os donos do saber se apropriarem dela. Desprezam o conhecimento do dia a dia, desprezam, quem não vive no meio acadêmico, desprezam as opiniões simples. Eu não vou ficar aqui falando o nome dos figurões das ciências que eles citam, conheço um pouquinho da lógica academicista, e até conheço um pouco das teorias, isso não me empolga, não me seduz. As vezes o ambiente de pesquisa se torna um ambiente de guerrinhas e intrigas, de grupinhos, de alunos que são "encaminhados" por serem os "escolhidos" pelos doutores messiânicos.
Conheço caso real em que uma aluna que já tem mestrado na UFPE, por pouco não foi reprovada na seleção de doutorado pelo simples fato de ser uma policial civil. Uma "doutora" da banca achou que podia manchar o nome da UFPE ter uma policial com doutorado por esta universidade, já que ela pertencia a um órgão "repressor do Estado" e aquela área social não combinava com um(a) policial. Foi repreendida por outra da banca, que conhecia a história de luta da estudante, que saiu do sertão e hoje além de policial é professora, e mais, a sua atuação na polícia sempre foi pedagógica na busca do fortalecimento da cidadania das pessoas. Esse é um caso. Conheço muitos outros. Há bons pesquisadores e estudiosos, mas tem gente querendo manter apenas seu status.
Estudar é bom, mas buscar aceitação, de si mesmo ou dos outros por causa de um titulo, estou fora, minha alma gosta de aprender, mas as fontes do conhecimento não estão apenas nas faculdades. Voltar pra lá... Sim, talvez, mas minhas motivações e objetivos precisam estar definidos e ter valor minimamente nobre, começando com mudança interior além de ser solidário. A sabedoria dos homens é loucura para Deus, e a loucura de Deus é mais sábia do que a sabedoria humana. Prefiro seguir a Jesus e buscar sua vontade pra mim, se for para estudar, é para o propósito dele, se for para me gloriar, prá lá ele não me levará mais. A Glória é Dele, ó Sábio é Ele. A Ele pois o Louvor para Sempre, Aleluia!
terça-feira, 4 de dezembro de 2012
Enfrentar a tristeza é duro
O ser humano ao se deparar com o sofrimento alheio tem emoções diversas. Uma delas, nobre, de ser solidário, ser sensível ao que o outro está sofrendo. Mas no fundo de seu coração ninguém quer passar por sofrimento. Espera-se que esteja protegido, imunizado. Na minha infância vi alguns funerais, vi colegas em grande tristeza pela perda da mãe ou do pai, de um de seus avós... Mas a minha família seguia firme, eu tinha minha avó Amara, meus pais Ivonete e Oséas vivos. Primeiro minha Avó Amara partiu. Ela sempre foi a coluna de fé de nossa família, quando todo mundo ficava perplexo diante dos problemas ela sempre estava confiante em Deus e nada a abalava. A velhice foi chegando e com ela a fraqueza do corpo, e Jesus a chamou. Ficamos atordoados, mas seguimos. Meu pai não viveu conosco por muito tempo, eu tenho raras lembranças dele em casa, pois era muito pequeno, acho que tinha uns três anos quando ele foi embora. Mas a sua família também é a nossa família, e mantive um bom relacionamento com a meus parentes por parte de pai, a começar por Francelina sua esposa e Jorge, meu irmão. Vivia indo na casa de papai em Monte Verde, Jaboatão, passeamos muitos vezes, íamos para retiros da igreja que ele pastoreava. Toquei por bom tempo nos domingos lá. Mas essa disponibilidade era oscilante de acordo com os horários de trabalho e estudo. A perda do meu pai foi muito dolorida, faltou o chão, fiquei completamente desnorteado, não sabia direito o que estava falando ou fazendo, estava só vivendo. Fiquei muito angustiado e sem compreender como ele podia ter partido vítima da violência que nos cerca, um homem de bem e de fé. Mantive minha confiança em Deus em meio a dor, mas Jesus, por quê?
Então veio a dor mais terrível com a perda de minha mãe, o processo de descoberta da doença quando já desconfiávamos, o choque da confirmação, o choro da situação que deveria ser enfrentada. E aí vai começar a luta? seu corpo enfraquecido aparentemente não dava sinais de que suportaria um tratamento pesado, enquanto os profissionais de saúde junto com os gerentes de hospitais tentavam esquecê-la. Foi muita briga com gente de dinheiro, enfrentamento com plano de saúde que não queria gastar, o dia a dia de vê-la sofrendo até que um dia ela partiu. Descansou. Mas cadê a gente se conformar? sim, ela parou de sofrer, mas a presença dela era muito valiosa pra nós, ela é incomparável, mesmo com seus defeitos. A dor que ainda sinto é dilacerante, parece palpável. as vezes é tão grande, que não dá pra descrever. Queria ela por perto, almoçar com ela, ver aquela casa cheia de gente, escutar os "relas" que ela dava nos meninos, toda aquela convivência de acolhimento, de proteção que ela dava. Toda a alegria de viver que ela demonstrava, as brincadeiras, o seu joguinho de dominó antes de dormir com os amigos. Ela sempre me ligava para me dizer que me amava. Que sempre ia me amar. Eu como os filhos são as vezes envergonhados, ficava encabulado, mas também dizia que a amava. Deveria ter dito mais. Estive ao seu lado e presenciar o que ela passou está em minha memória. As vezes penso que vou parar, que não tenho força pra prosseguir. Mas meu Deus é minha força, meu Escudo, minha força. Ele é minha esperança.
Então veio a dor mais terrível com a perda de minha mãe, o processo de descoberta da doença quando já desconfiávamos, o choque da confirmação, o choro da situação que deveria ser enfrentada. E aí vai começar a luta? seu corpo enfraquecido aparentemente não dava sinais de que suportaria um tratamento pesado, enquanto os profissionais de saúde junto com os gerentes de hospitais tentavam esquecê-la. Foi muita briga com gente de dinheiro, enfrentamento com plano de saúde que não queria gastar, o dia a dia de vê-la sofrendo até que um dia ela partiu. Descansou. Mas cadê a gente se conformar? sim, ela parou de sofrer, mas a presença dela era muito valiosa pra nós, ela é incomparável, mesmo com seus defeitos. A dor que ainda sinto é dilacerante, parece palpável. as vezes é tão grande, que não dá pra descrever. Queria ela por perto, almoçar com ela, ver aquela casa cheia de gente, escutar os "relas" que ela dava nos meninos, toda aquela convivência de acolhimento, de proteção que ela dava. Toda a alegria de viver que ela demonstrava, as brincadeiras, o seu joguinho de dominó antes de dormir com os amigos. Ela sempre me ligava para me dizer que me amava. Que sempre ia me amar. Eu como os filhos são as vezes envergonhados, ficava encabulado, mas também dizia que a amava. Deveria ter dito mais. Estive ao seu lado e presenciar o que ela passou está em minha memória. As vezes penso que vou parar, que não tenho força pra prosseguir. Mas meu Deus é minha força, meu Escudo, minha força. Ele é minha esperança.
segunda-feira, 3 de dezembro de 2012
Sistema Político Mundial Decadente
Escrito por Rinaldo Carvalho
Olhamos o que ocorre em nosso bairro, município, estado,
país. Olhamos o que ocorre em outros países e não temos motivo algum para nos
animar com a política. Claro, que há gente em diversos partidos que querem
fazer alguma coisa digna, verdadeira, um trabalho sensato e positivo. Mas são
tão poucos, que é desalentador, olhar e ver que quem domina é sempre uma elite
econômica - independente de partido - que busca favorecer sempre os que
pertencem a sua classe. A política virou um jogo tão sujo, de nível tão baixo,
que as poucas pessoas que tentam remar contra a maré são alvo de atitudes
anti-democráticas de todo tipo. A vontade é ficar longe, por que é terrível. A
política virou um jogo em que o povo é apenas um detalhe, com a compra
descarada de votos como nunca se viu antes, assistimos pasmados um processo em
que a eleição virou um balcão de negócios. Há notícias que em alguns bairros
foi feito balcões literalmente, e lá se negociava o preço do voto. Está uma
verdadeira zorra. Os exemplos que vêm de cima são desanimadores. Senadores,
governadores, deputados atolados em corrupção. Dos maiores partidos e dos
menores também. É tanta sujeira, que o parte da população já está até
acostumada, sabe que não existe perspectiva de mudança mesmo.
Isso é no mundo todo, no Egito a Irmandade Muçulmana que
lutou na revolução pela democracia se apegou ao poder e conferiu ao presidente
egípcio poderes supremos. Na Rússia, Putin vem de uma eleição fraudulenta com
vários vídeos comprovando as irregularidades na eleição e a polícia descente
pancada em quem ousar protestar. Os EUA só tem olhos para si e desprezo total
pelos outros. América Latina? o que é isso? Inglaterra, com seus escândalos de
tempos em tempos, a França, mais confusa do que nunca. A argentina com o famoso
culto à personalidade, Cristina vem fazendo uma besteira atrás da outra.
Chaves, da Venezuela é o Dom Quixote bolivariano. Rafael Correa do Equador vive
às turras contra a Colômbia, que se alinhou ao EUA. O Peru nunca mais se
levantou depois de Fujimori. E o Brasil vive uma crise sem precedentes de
desilusão com as autoridades. Até os julgamentos são questionados, se tal
ministro do STF é ou não a favor deste ou daquele... É insuportável, um país
onde o que funciona é por que favorece de alguma maneira os ricos, e só.
Pacificação, desenvolvimento... tudo é para favorecer os ricos e ponto. A
rebarba fica para os pobres. Mas a desigualdade caiu. De fato, perceberam que
era impossível não repartir um pouquinho mais o bolo, caminhávamos para uma convulsão
social. Mas tudo é pensado e bem planejado para amortecer os trabalhadores e os
menos favorecidos. Vivemos num sistema muito perverso e não há nenhum vislumbre
de mudança.
Sucursal do Inferno
Escrito por Magno Martins
do Blog do Magno
do Blog do Magno
Esta é a crônica das barbáries anunciadas na Fundação de
Atendimento Socioeducativo, a famigerada Funase. Sucedem-se as rebeliões,
motins, mortes e mutilações nas Unidades da Funase em todo o Estado.
As ocorrências são macabras, tipo esquartejamento de
menores, cabeças decapitadas, mãos ou braços decepados ... As cenas podem ser
descritas como bizarras, mas na realidade ocorrem com frequência nos rituais de
rebeliões da Funase.
O serial das tragédias anunciadas aconteceu da última vez na
Unidade da Funase, em Abreu e Lima. Falar em tragédia não é exagero, pois
resultou no esquartejamento de um adolescente, sendo a cabeça e um dos braços
jogados para fora do muro e uma das pernas pendurada na cerca de “proteção”.
Na unidade do Cabo de Santo Agostinho, recentemente, um
menor teve a cabeça decapitada. Não precisa ter bola de cristal nem ser profeta
para anunciar que novas rebeliões e novas tragédias estão em gestação para
eclodir nos próximos dias ou próximos meses, infelizmente.
O xis do problema é o seguinte: por que o Governo do Estado
não consegue exterminar o ovo da serpente na Funase? Resposta: porque esta não
é uma prioridade da ação governamental.
É mais fácil gastar bilhões de reais para construir uma
Arena da Copa do Mundo do que construir ou reformar as Unidades da Funase.
Simples assim. Dinheiro não falta. Falta decisão governamental.
As rebeliões são previsíveis, entre os principais motivos,
por conta da superlotação. Em Abreu em Lima, por exemplo, existem 243 internos,
quando a capacidade máxima seria de 98 detentos. Os exemplos de superlotação se
sucedem em todas as unidades, com mais agravantes.
A Funase em Pernambuco é subordinada à Secretaria da Criança
e do Adolescente do Governo do Estado. Mas, estranhamente, o diálogo entre a
Secretaria e a Funase é zero.
As notícias extraoficiais são de que a Secretaria elaborou
um projeto de reformulação e construção de novas unidades da Funase sem ouvir a
própria Funase. Houve zero integração, zero comunicação entre a Secretaria e a
Funase.
Este é um dos pontos principais que trava uma relação entre
os órgãos governamentais que deveriam manter uma relação construtiva. A leitura
interna nas cercanias do governo é de que a Secretaria da Infância e da
Juventude não mantém um relacionamento construtivo com a Funase e assim
prejudica a própria entidade.
Curioso é que a Secretaria da Infância e da Juventude não se
pronuncia quando ocorrem as barbáries. Deixa a bomba chiando nas mãos da
própria Funase.
As disputas internas no governo se refletem na questão
orçamentária.
Mistério: estava prevista verba orçamentária de R$ 80
milhões para construir novas unidades da Funase, em várias localidades do
Estado, a fim de resolver o problema das superlotações. A verba orçamentária
passava pelo crivo da Secretaria da Infância e da Juventude.
Fugas e rebeliões são deflagradas com a participação oculta
(às vezes até ostensiva) de pessoas que deveriam cuidar da segurança do
sistema. “Maiores infratores” usam os menores infratores como massa de
manobra.
A Funase não é tida como prioridade de governo na sua missão
de enjaular menores infratores estigmatizados como delinquentes periculosos. Na
realidade, a maioria dos que ingressam no sistema não são periculosos, no inicio
da “carreira” de infrações.
Mas, a “escola do crime” se encarrega de transformá-los em delinqüentes
periculosos ao longo do tempo. Há
informações desencontradas sobre os recursos de 80 milhões para resolver o
problema da superlotação e construção de novas unidades.
Se o dinheiro não sair do papel, as sucursais do inferno vão
dar sequência à crônica das rebeliões, fugas e barbáries anunciadas.
A bomba continua chiando e os avisos estão no ar.
domingo, 2 de dezembro de 2012
Sim, eles podem.
Folha de São Paulo on-line
02/12/2012 - 03h30
02/12/2012 - 03h30
BRASÍLIA - Reservo a última coluna antes de rápidas férias
para tratar da mania de certos governantes e seus partidos de se sentirem donos
do governo e do próprio país.
Quando Marisa Letícia mandou a cadelinha passear em carro
oficial, desenhou uma imensa estrela vermelha no Alvorada e pôs os amigos dos
filhos para fazer turismo em avião e prédio públicos, estava dizendo que se
sentia "em casa" e sinalizando para os vários escalões do PT que sim,
nós podemos. Quer dizer: eles podem.
Foi assim, a partir de miudezas cheias de significados, que
os governos do partido foram se imiscuindo nos gabinetes, vulgarizando
decisões, aparelhando estatais, relativizando o conceito de ética e corrompendo
seus quadros.
A chegada ao poder incluiu milhões de pessoas e rendeu
recordes de popularidade e aplausos no mundo inteiro para Lula, mas inflou o
seu ego e foi letal para o partido. Desfez-se a aura, foram-se as ilusões,
exauriram-se os iludidos. Os espertos correram a tirar suas casquinhas.
As histórias memoráveis, a guerra contra a corrupção, a
paixão da militância, as lágrimas torrenciais na derrota de Lula para Collor,
em 1989, tudo foi por água abaixo e o partido patina no mesmo lodo dos demais.
Poucas vezes, como no escândalo Rose, adversários e aliados
de diferentes tendências condenaram tanto a confusão entre público e privado,
citada em 9 entre 10 artigos de opinião. Ninguém tem nada a ver com a vida
privada de ninguém, desde que não invada o bem público, fira princípios
elementares de gestão e confira poderes extraterrestres a meros(as)
terráqueos(as).
O que começa com cadelinhas para lá e para cá usando carro,
motorista e gasolina públicos é o que acaba em passaportes especiais, nomeações
esdrúxulas, apartamentos fantásticos e... mensalões. Não foi para isso,
convenhamos, que o PT foi criado e subiu a rampa do Planalto.
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