terça-feira, 16 de outubro de 2012

Malala Yousafzai: A intolerância religiosa recrudesce

Malala Yousafzai, de 14 anos, está hospitalizando na Inglaterra, mas está se recuperando

Uma menina, uma adolescente de 14 anos foi vítima no dia 9 de outubro de um atentado, onde foi baleada na cabeça e no pescoço por um extremista taleban. Muitas pessoas estão comovidas com o drama da adolescente que já lutava pelo direito ao estudo pelas meninas paquistanesas. O ódio, que contraditoriamente vem da religião, cega, faz o dito "fiel" realizar barbáries. A história humana está recheada de exemplos, muitos, infelizmente, também perpetrados pela "chamados" cristãos. É triste perceber que um direito tão básico ainda é negado a tantas pessoas no mundo. Há lugares nesse mundo em que o direito a vida é um favor, direito à dignidade inexiste, seres humanos são forçados a viver em situação análoga a de escravos. Mulheres e crianças sofrem ainda mais, quando o estado em que vivem não existe para servir ao povo, e no caso de Malala, desde os 11 anos que ela postou num blog mensagens defendendo o direito das meninas muçulmanas paquistanesas a estudar. Provocou a ira dos militantes talebans, que asseguram que é "legítimo" matar a garota, dizem até que se ela sobreviver ela continuará sendo um "alvo" por buscar, segundo eles, "secularizar" a sociedade paquistanesa. O absurdo vem a tona quando a religião serve de pretexto para negar o outro, negar o respeito ao outro e aí, falar de amor é algo tão distante...
Meninas paquistanesas em perigo, apenas por que querem estudar: religião e intolerância as vezes andam juntos.

Mas em nossa sociedade vemos exemplos que deveriam nos servir de alerta. Lemos nos jornais que igrejas (denominações) renomadas, que têm muitos "fiéis", grande estrutura física e patrimonial, se metem em cruzadas políticas e até se digladiam entre si. Em São Paulo, assistimos a isso, estarrecidos. Jesus disse certa vez "o meu Reino não é desse mundo", mas as vezes tenho a impressão que há pessoas que se dizem cristãs, evangélicas, que estão procurando erigir impérios religiosos (ou não), nesse mundo. É lamentável que temos notícias de lavagem de dinheiro, evasão de divisas, constrangimento, sonegação fiscal, enriquecimento ilícito, fraude contra o sistema financeiro, transferência de recursos para empresas privadas, tudo isso vindo de denominações cristãs.
De repente alguém se irrita com algo na sociedade e arregimenta o exército para a guerra. E a oração? e o clamor? e as súplicas? Quem defende sua igreja é Jesus Cristo, Ele não precisa de políticos, empresários, jornais, nada disso. A igreja é sua noiva, Ele cuida dela.
Temos que ter cuidado para não entrarmos em "cruzadas" contra o inimigo humano, pois Paulo já diz em Efésios 6:10 "não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas sim contra os principados e potestades, contra os poderes espirituais do mal nas regiões celestes. Nossa guerra é espiritual, não é contra nossos semelhantes. Que Deus tenha misericórdia dessa menina, lhe dê saúde, e tenha misericórdia de nós.

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