Malala Yousafzai, de 14 anos, está hospitalizando na Inglaterra, mas está se recuperando |
Uma menina, uma adolescente de 14 anos foi vítima no dia 9 de outubro de um atentado, onde foi baleada na cabeça e no pescoço por um extremista taleban. Muitas pessoas estão comovidas com o drama da adolescente que já lutava pelo direito ao estudo pelas meninas paquistanesas. O ódio, que contraditoriamente vem da religião, cega, faz o dito "fiel" realizar barbáries. A história humana está recheada de exemplos, muitos, infelizmente, também perpetrados pela "chamados" cristãos. É triste perceber que um direito tão básico ainda é negado a tantas pessoas no mundo. Há lugares nesse mundo em que o direito a vida é um favor, direito à dignidade inexiste, seres humanos são forçados a viver em situação análoga a de escravos. Mulheres e crianças sofrem ainda mais, quando o estado em que vivem não existe para servir ao povo, e no caso de Malala, desde os 11 anos que ela postou num blog mensagens defendendo o direito das meninas muçulmanas paquistanesas a estudar. Provocou a ira dos militantes talebans, que asseguram que é "legítimo" matar a garota, dizem até que se ela sobreviver ela continuará sendo um "alvo" por buscar, segundo eles, "secularizar" a sociedade paquistanesa. O absurdo vem a tona quando a religião serve de pretexto para negar o outro, negar o respeito ao outro e aí, falar de amor é algo tão distante...
Meninas paquistanesas em perigo, apenas por que querem estudar: religião e intolerância as vezes andam juntos. |
Mas em nossa sociedade vemos exemplos que deveriam nos servir de alerta. Lemos nos jornais que igrejas (denominações) renomadas, que têm muitos "fiéis", grande estrutura física e patrimonial, se metem em cruzadas políticas e até se digladiam entre si. Em São Paulo, assistimos a isso, estarrecidos. Jesus disse certa vez "o meu Reino não é desse mundo", mas as vezes tenho a impressão que há pessoas que se dizem cristãs, evangélicas, que estão procurando erigir impérios religiosos (ou não), nesse mundo. É lamentável que temos notícias de lavagem de dinheiro, evasão de divisas, constrangimento, sonegação fiscal, enriquecimento ilícito, fraude contra o sistema financeiro, transferência de recursos para empresas privadas, tudo isso vindo de denominações cristãs.
De repente alguém se irrita com algo na sociedade e arregimenta o exército para a guerra. E a oração? e o clamor? e as súplicas? Quem defende sua igreja é Jesus Cristo, Ele não precisa de políticos, empresários, jornais, nada disso. A igreja é sua noiva, Ele cuida dela.
Temos que ter cuidado para não entrarmos em "cruzadas" contra o inimigo humano, pois Paulo já diz em Efésios 6:10 "não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas sim contra os principados e potestades, contra os poderes espirituais do mal nas regiões celestes. Nossa guerra é espiritual, não é contra nossos semelhantes. Que Deus tenha misericórdia dessa menina, lhe dê saúde, e tenha misericórdia de nós.
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