Netanyahu adotará polêmico relatório para legalizar colônias
O relatório rejeita a presença israelense nos territórios palestinos como uma força ocupante
Netanyahu adotará polêmico relatório para legalizar colônias
O relatório rejeita a presença israelense nos territórios palestinos como uma força ocupante
Sinagoga construída em colônia ilegal: de acordo com a legislação internacional, todos as casas israelenses levantadas em territórios ocupados na guerra de 1967 são ilegais
O texto abaixo foi extraído da edição on-line da Revista
Exame. Israel trava uma batalha política e jurídica para manter os territórios
que Deus lhes deu. Razões históricas são reclamadas pelos palestinos, que
ocuparam a cisjordânia antes de 1967. Israel também alega razões históricos de
uma ocupação dessa terra pelo Estado hebreu numa época mais longíqua. Israel
também defende que já fez muitas concessões, enquanto os palestinos querem
Jerusalém oriental como sua capital. Deus não rejeitou seu povo (Israel), Paulo
diz que o endurecimento de Israel se tornou glória para os gentios, quanto mais
a honra de Israel!
Jerusalém - O Governo israelense deverá adotar partes de um
polêmico relatório que defende a legalização de colônias na Cisjordânia e que
rejeita a presença israelense nos territórios palestinos como uma força
ocupante, informou nesta quarta-feira a rádio pública israelense.
De acordo com a fonte, uma equipe do Escritório do
primeiro-ministro já trabalha na elaboração da minuta que será apresentada ao
gabinete de ministros para sua aprovação no próximo domingo ou no próximo.
Esta decisão adotada pelo chefe do Executivo, Benjamin
Netanyahu, visa atender as pressões dos ministros da ala mais radical da
direita, os quais querem tranquilizar os colonos antes da realização das
eleições legislativas do próximo dia 22 de janeiro.
No último mês de julho, uma comissão, que era liderada pelo
ex-juiz do Supremo Tribunal Edmond Levy e integrada por um painel de
especialistas em direito internacional, assegurou em um relatório que Israel
não era uma "potência ocupante", dado que nenhum Estado exerceu sua soberania
na Cisjordânia, nem mesmo a Jordânia, que governou a região entre 1948 e 1967.
O primeiro-ministro israelense tinha ordenado o
estabelecimento dessa comissão em janeiro para analisar os aspectos legais de
dezenas de assentamentos, que os colonos levantaram no território exigido pelos
palestinos sem a correspondente autorização de ambos os governos e que, em
alguns casos, tiveram sua desocupação decretada pelo Supremo.
Uma fonte oficial do Gabinete israelense citada pela
imprensa local disse que o Governo deve adotar as "partes práticas"
do relatório, que abordam os procedimentos de planejamento e construção na
Cisjordânia, a legalização de assentamentos considerados ilegais por Israel e
facilitação da compra de terrenos no território palestino ocupado.
De acordo com a legislação internacional, todos os
assentamentos residenciais israelenses levantados em territórios ocupados na
guerra de 1967 são ilegais e supõem um dos principais empecilhos ao processo de
paz entre israelenses e palestinos.
Segundo as fontes oficiais israelenses, a decisão do
Gabinete israelense não deverá se referir à seção diplomática do Relatório
Levy, a qual determina que Israel não é uma potência ocupante na Cisjordânia.
A aprovação de partes desse relatório governamental pode ser
interpretada como o sinal verde à anexação da Cisjordânia ou partes dela, o que
poderia provocar tensões entre Israel e Washington, assim como na comunidade
internacional em geral. EFE
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