quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Direito de Israel sobre a terra santa é questionado pelo direito internacional



Netanyahu adotará polêmico relatório para legalizar colônias
O relatório rejeita a presença israelense nos territórios palestinos como uma força ocupante

Sinagoga construída em colônia ilegal da Cisjordânia em 2008

Sinagoga construída em colônia ilegal: de acordo com a legislação internacional, todos as casas israelenses levantadas em territórios ocupados na guerra de 1967 são ilegais


O texto abaixo foi extraído da edição on-line da Revista Exame. Israel trava uma batalha política e jurídica para manter os territórios que Deus lhes deu. Razões históricas são reclamadas pelos palestinos, que ocuparam a cisjordânia antes de 1967. Israel também alega razões históricos de uma ocupação dessa terra pelo Estado hebreu numa época mais longíqua. Israel também defende que já fez muitas concessões, enquanto os palestinos querem Jerusalém oriental como sua capital. Deus não rejeitou seu povo (Israel), Paulo diz que o endurecimento de Israel se tornou glória para os gentios, quanto mais a honra de Israel!

Jerusalém - O Governo israelense deverá adotar partes de um polêmico relatório que defende a legalização de colônias na Cisjordânia e que rejeita a presença israelense nos territórios palestinos como uma força ocupante, informou nesta quarta-feira a rádio pública israelense.
De acordo com a fonte, uma equipe do Escritório do primeiro-ministro já trabalha na elaboração da minuta que será apresentada ao gabinete de ministros para sua aprovação no próximo domingo ou no próximo.
Esta decisão adotada pelo chefe do Executivo, Benjamin Netanyahu, visa atender as pressões dos ministros da ala mais radical da direita, os quais querem tranquilizar os colonos antes da realização das eleições legislativas do próximo dia 22 de janeiro.
No último mês de julho, uma comissão, que era liderada pelo ex-juiz do Supremo Tribunal Edmond Levy e integrada por um painel de especialistas em direito internacional, assegurou em um relatório que Israel não era uma "potência ocupante", dado que nenhum Estado exerceu sua soberania na Cisjordânia, nem mesmo a Jordânia, que governou a região entre 1948 e 1967.
O primeiro-ministro israelense tinha ordenado o estabelecimento dessa comissão em janeiro para analisar os aspectos legais de dezenas de assentamentos, que os colonos levantaram no território exigido pelos palestinos sem a correspondente autorização de ambos os governos e que, em alguns casos, tiveram sua desocupação decretada pelo Supremo.
Uma fonte oficial do Gabinete israelense citada pela imprensa local disse que o Governo deve adotar as "partes práticas" do relatório, que abordam os procedimentos de planejamento e construção na Cisjordânia, a legalização de assentamentos considerados ilegais por Israel e facilitação da compra de terrenos no território palestino ocupado.
De acordo com a legislação internacional, todos os assentamentos residenciais israelenses levantados em territórios ocupados na guerra de 1967 são ilegais e supõem um dos principais empecilhos ao processo de paz entre israelenses e palestinos.
Segundo as fontes oficiais israelenses, a decisão do Gabinete israelense não deverá se referir à seção diplomática do Relatório Levy, a qual determina que Israel não é uma potência ocupante na Cisjordânia.
A aprovação de partes desse relatório governamental pode ser interpretada como o sinal verde à anexação da Cisjordânia ou partes dela, o que poderia provocar tensões entre Israel e Washington, assim como na comunidade internacional em geral. EFE


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