quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Instrumento de Felicidade Alheia

Escrito por Rinaldo Carvalho

O que é ser um instrumento de felicidade? ser útil para ajudar alguém a sorrir e ser feliz? essa talvez seja a definição ideal. Mas a realidade não se revela assim na maioria das vezes. Ser um instrumento da felicidade alheia significa trabalhar, se esforçar, dar o melhor de si, para alguém, pessoa física ou jurídica, se apropriar deste trabalho, levar a glória para si, aglutinar benesses, obter o sucesso, abrir portas pessoais de beneficiamento e muito mais. O cinismo é tanto que quem se apropria do trabalho alheio ainda tenta justificar seu caráter distorcido afirmando que deu oportunidade a pessoa que trabalhou, que a pessoa nunca teria essa oportunidade... São falácias que tentam minorar o descaramento de quem na verdade usou o talento de outro até quando achou necessário, para depois descartá-lo como se fosse uma folha de papel amassada.
Essas são características de uma sociedade mergulhada num capitalismo perverso e selvagem, que privelegia quem tem dinheiro ou o poder. Nos ambientes de trabalhos nos órgãos públicos há uma maldade impressionate. Na polícia por exemplo, os cargos operativos como os de agente de polícia e escrivão são exemplos de quem carrega a polícia, mas todo crescimento expressivo de carreira é para quem detém o cargo de delegado de polícia. Os servidores em nível hierárquico menor devem ser instrumento da felicidade deles. Quem se atreve a brilhar vai ter seus galhos "podados", suas "asinhas cortadas" Ainda assim, muitos profissionais que não tem o cargo de delegado se destacam  muito, assim como praças (soldados, cabos e sargentos) da PM são reconhecidos pelas comunidades como alguém valioso e talentoso. Isso causa ira, furor, indignação em alguns.
A elite do nosso país quer que o povo abaixe para cabeça para dizer sim a tudo que eles querem, os pseudos-elitistas auto-arrogados de "doutores" sem o título da Pós graduação "strictu sensu" querem policiais jagunços e brucutus que não pensem, brutalizados, capachos, mexeriqueiros, bajuladores. Era o paraíso de muitos no passado, de uma polícia truculenta e opressora. Mas o tempo mudou. A hierarquia faz parte da vida e é extremamente necessária nas organizações policiais. Porém com respeito, com urbanidade. As ameaças e assédios devem ser tratados na esfera competente, seja as corregedorias, seja na justiça, no Ministério Público, nas cortes nacionais e se preciso nas internacionais. O cidadão policial merece respeito, não é cachorro de madame, nem boneco de delegado, nem motorista da mulher do oficial. Esse tempo já passou, o cidadão policial é um ser humano, que tem direito a dignidade humana, e seu trabalho é valiosíssimo. Ainda bem que as coisas tem mudado nas esferas governamentais, mas as mudanças são lentas e enfrentam resistências. Da minha parte eu não me curvo jamais a ser um medíocre capacho, bajulador, que vive correndo atrás de migalhas, eu vou viver sempre com honra e lealdade aos meus princípios. Meus amigos eu os trago no coração, sejam eles de qualquer nível sócio-econômico, meus amigos delegados e oficiais jamais se sentirão ofendidos com minha sinceridade. Eles são gente comum, pessoas comuns. A todos que precisarem de ajuda, fora ou dentro da instituição eu espero em Deus poder ajudar, da maneira mais humilde que puder, mas quem quiser me quebrar vai encontrar um ser convicto de que serve ao Deus Todo-Poderoso, um pecador salvo pela graça, redimido, mas não me vendo nem me dobro as tentações de um prato de lentilhas. Corajoso, eu? não... tenho fé. Fé em um Deus vivo que supre minhas necessidades e sabedor de que tão falho que sou ainda assim Ele me presenteou com talentos e dons que não mereço. A Ele eu me curvo e me humilho, na cinza e no pó, mas ao homem, não. Eu prefiro morrer com Deus com Dignidade do que viver sem honra.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Parque Ivonete Silva

Parque Ivonete Silva, inaugurado pelos moradores em 19/11/2012

Participar de um evento em homenagem a minha mãe deve ter sempre um valor importante. O reconhecimento das pessoas simples do Habitacional de Brasília Teimosa, em agradecimento àquela que lutou tanto por eles emocionou a todos. O silêncio as vezes é algo necessário na vida do ser humano. Nem sempre é hora de falar, se recolher, lembrar sem expressar palavras também faz parte. Reflexão sobre a vida, sobre tudo, isso tem muito significado, entender nem sempre poderemos. Pude enfrentar muitos desafios com minha mãe Ivonete Silva, principalmente nos últimos anos, quando ela sofreu bastante perseguição por sua luta, estive ao seu lado, guerreei com ela, com alguns "companheiros bons de briga". Vencemos, feridos, sim, mas sem desistir nunca da luta.
Ivonete Silva e o povo pelo qual ela lutou, conquistando moradia para eles

Algumas vezes eu a orientava, era difícil para alguém com a experiência dela ouvir, mas ela sabia que eu sempre queria o melhor para ela. Sensível, e ao mesmo tempo "dura" digamos que eu me aperreei muito com ela e a luta ao seu lado. Ficou muitas lições. Hoje falo de coragem, depois falarei de outras. Ter medo é natural, mas não se deixar dominar pelo medo é algo que tem que ser aprendido na vida, aprender a ter coragem para enfrentar os desafios. Fico hoje com a lembrança da homenagem do Parque Ivonete Silva, com as imagens dos sorrisos e das lágrimas de quem esteve conosco. Todos que se lembraram e se lembram dela estão contentes e a alegria das crianças brincando no parque é uma ótima referência de quem tinha tanta vontade de viver e vivia a vida com muita intensidade, abraçando a todos, com a casa aberta a todos e o coração tão grande de mãe do povo sempre muito acolhedor.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

O racismo antissemítico


Da Folha de Pernambuco 19/11/2012 02:02 – Por Hugo Vaz*


Seria justificável incluir o sentimento racista antissemítico no rol das afecções denominadas alérgicas pela Medicina moderna? Certo ramo da Psicologia tem, na verdade, pretendido incluir essa ojeriza, esse nojo orgânico, essa anormalidade psíquica contra judeus na classe de manifestações sensoriais de natureza psicossomática.

A propósito, Jean Paul Sartre (1905-1980), filósofo, escritor e crítico francês, expoente da filosofia existencialista, acreditava firmemente que os intelectuais teriam de desempenhar papel ativo na sociedade. Na sua obra REFLEXIONS SUR LA QUESTION JUIVE (Gallimard, Paris - Quatrieme Edition, 1954 - “Reflexões Sobre a Questão Judaica”) ele se refere ao fato de determinados indivíduos que se veem, de súbito, inibidos sexualmente quando descobrem a nacionalidade judaica da mulher com quem fazem o congresso carnal: “Certains hommes sont frappés soudain d’impuissance s’ils qui ils font l´amour qu’elle est Juive”…(“Alguns homens se tornam subitamente impotentes quando, ao tentar fazer amor, descobrem que se trata de mulher judia...)
Parecem inacreditáveis a permanência e a conservação de preconceito de tal monta, não obstante a evolução natural que já deveriam ter atingido todas as culturas do nosso tempo, especialmente pelo curso do desenvolvimento inestimável alcançado pela Psicologia, uma das ciências talvez mais capacitadas para interpretação e compreensão do odioso fenômeno. A continuidade de tal preconceito, lado a lado com o elevado índice de conhecimento e saber do homem moderno, é fenômeno psicossocial muito curioso, que se tem agravado vergonhosamente em face da permissão e da continuidade do preconceito, que chega a interferir seriamente até na esfera da vida psíquica do racista antissemita.

Determinado sujeito é bom e idôneo até o instante em que não se lhe descobre a nacionalidade judaica “imunda”... A partir do momento em que a condição hebraica se expõe à identificação, passa a ser ele considerado indivíduo “sujo”, “ambicioso”, “avarento”, “pegajoso”, “imoral”, “estúpido” etc.

Quando ninguém havia ainda notado o seu “nez-crochu” (o “nariz adunco”
característico dos semitas, nariz em forma de gancho, “nariz-de-papagaio”), traços fisionômicos reveladores da fisionomia inconfundível do judeu, descobrindo-se-lhe então sua origem nacional, passa ele a ser repelido, revelando-se de imediato não só os traços característicos do nariz adunco, mas o olhar de ambição famélica, a clara expressão da avareza, como se sua “negra alma” derramasse sujidades pelo canto dos olhos...

O fenômeno é bastante curioso quando estaca, complexo, em determinado ponto da questão: se esse nojo é de natureza essencialmente corporal; se puramente psíquico, ou se reúne ambos os fatores da ordem das sensações psicossomáticas. O argumento de Jean Paul Sartre parece não deixar dúvida quanto à evidente ambivalência psicossomática do fenômeno: “Et ce n’est donc pás du corps que nait cette répulsion puisque vous pouvez fort blen almer une Juive si vous ignorez sa race, mais elle vient au corps par l’esprit; c’est um engagement de l’âme mais si prefond et si total qu’il s’étend au physiologique, comine c’est le cas dans l’hystérie”. “E este preconceito (esse nojo), não é do corpo que nasce essa repulsão forte quando você pode amar uma mulher judia, se você ignora sua raça, mas ele (o preconceito) vem do corpo para o espírito; é um compromisso da alma, que se aprofunda e se estende fisiologicamente a um caso de histeria.”

O maior anti-semita: Hitler

O mecanismo do sentimento preconceituoso é tão profundo e absoluto, tão sistemático, que para o racista antissemita o fato de o genial físico alemão Albert Einstein ter sido judeu seria uma aberração da Natureza, um desses erros inexplicáveis da Criação... Sem contar os movimentos pogromistas (do idioma iídiche pogrom:’devastação´,´destruição´) anteriores à Primeira Guerra Mundial (1914-1918), quantos milhões de judeus já foram sacrificados pelo preconceito absurdo do antissemitismo! Só na Alemanha nazista, o tresloucado Adolf Hitler (1889-1945), teria feito assassinar 6 milhões de semitas! Na Rússia czarista, outro exemplo, uma série de pilhagens, agressões e assassinatos foram cometidos contra a comunidade judaica, com clara aquiescência das autoridades tzaristas.

Na Rússia e na Polônia, na França e na Alemanha, na Europa e nas Américas, o predomínio desse sentimento de raízes históricas e mórbidas tem representado um atestado triste da ignorância de determinados grupos sociais, ainda marginalizados da verdadeira cultura cristã, piedosa, humanística. Tal sentimento de repulsa contra judeus parece pertencer à classe das emoções que se eternizaram na pobre e carente alma popular: a permanente necessidade de um picadeiro circense, tendo no centro inocente palhaço risível, inocente ... O judeu tem sido até hoje o fantoche em cujo circo brilham as luzes da estupidez humana, iluminando cruéis “pogrons” pelo mundo  afora.

*Jornalista, escritor.- hugovaz@ymail.com

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Crise de Energia, crise de Caráter

Estamos vivendo tempos estranhos atualmente. Companhias energéticas como a CELPE, privatizada, controlada pela Iberdrola da Espanha, vive nos dando o desprazer de "pequenos" apagões. Falta energia em Recife com uma frequência grande, não lembro do tempo em que isso acontecia dessa maneira, sei que faz vários anos. Está faltando gasolina em vários postos. Ontem à noite na zona sul, estava difícil achar gasolina a não ser aditivada. O mundo está no "olho do furacão" de uma crise econômica e, ainda assim, com a diminuição das atividades produtivas, o tema energia está no topo das preocupações da nações. Os Estados Unidos tentam se ver livre da dependência do petróleo do Oriente Médio, e algumas projeções indicam para 2030 o ano em que a América do Norte será auto-suficiente do ouro negro e um grande exportador do produto. O terremoto do Japão despertou a sociedade para o perigo da energia nuclear, uma energia de custo baixo, mas com alto risco. As usinas são projetadas para gerar energia como uma indústria de energia. Fatores externos como terremotos, tsunamis, furacões e até ataques terroristas ou de nações inimigas podem causar uma tragédia com o escapamento de radiação. A sociedade se mobiliza contra as usinas nucleares no mundo todo. O gás é uma importante matriz energética, sempre alvo de disputas entre nações, o Brasil precisa muito do gás boliviano. A China massacra províncias "rebeldes" que querem a independência, não só pela estratégia de manter o território unificado, mas por que são territórios ricos em gás. Guerras inúmeras já se travaram por causa de energia. O petróleo iraquiano impulsionou a era Bush a intervir naquele país e garantir mercado para as petrolíferas americanas.

Usina Nuclear


Paralelamente, a crise crescente de confiança nas pessoas. Os Governos, os poderes constituídos, o judiciário, a imprensa, as entidades da sociedade civil, os parlamentos, as igrejas, não há uma só organização que não esteja sendo questionada. Quando falo igreja, estou me referindo a organizações humanas, não ao Corpo de Cristo, a Igreja Espiritual, santa e pura. Olhamos de um lado para outro e simplesmente não sabemos em quem confiar, os amigos existem, mas são escassos, a efemeridade só cresce, futilidades tornam as pessoas inimigas umas das outras. O vazio espiritual se agiganta, o materialismo vai predominando, o interesse por bens, por dinheiro, aparta amigos e até parentes. Falta Energia para dizer não a uma sociedade com valores distorcidos, falta força para discordar sem odiar, falta caráter para se dizer o que se pensa, sem temer ser julgado e condenado. É, de fato estamos vivendo uma crise de energia, uma crise de caráter. Não se tem uma causa, as causas são interesseiras, as causas são para destruir os outros, não basta a vitória, o outro tem que ser subjugado e humilhado. São os "valores" de nossa sociedade. Bem sucedido é aquele que atinge seus fins não importa como, feio é perder... feio é sofrer a chacota... Onde está a dignidade? esta palavra parece que se perdeu. Honra? que piada... Lealdade? por que deveria haver? Crise de caráter, crise moral. Contudo, quem fala de moral na certa é um falso moralista... Pra onde vamos então? à mediocridade dos relacionamentos superficiais e traiçoeiros? Não há verdade nesse mundo. O verdadeiro é o Filho de Deus, Ele é quem pode nos salvar de um mundo que exala o fétido odor da injustiça, da violência, da maldade, da crueldade, da infâmia, da desonestidade, do engano, dos sofismas, das intrigas, das discórdias, das vaidades, da falsidade. E nós humanos, sabemos bem demonstrar essas características. Só Jesus pode nos dar o verdadeiro sentido da palavra amigo, do perdão, da misericórdia, da compaixão, da solidariedade, do arrependimento. O amor Dele é que pode nos transformar, por que o mundo jaz no maligno. A energia que move o mundo é o dinheiro, e o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males. O amor à fortuna afasta o ser humano de Deus. Nosso caráter se prova quando dizemos sim a Deus e não somos dominados pela ganância.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Estrutura de Poder na China


Da Folha de São Paulo on-line 14/11/2012



O Congresso do Partido Comunista da China, que terminou nesta quarta-feira, definiu o atual vice-presidente Xi Jinping como secretário-geral do partido e futuro presidente do país. Ele substituirá Hu Jintao em março.
Além de Xi, houve renovação na cúpula do PC, conhecida como Comitê Permanente, composto por nove integrantes, e foi renovado parte dos 25 membros do Politburo e das 371 cadeiras do Comitê Central.
A maioria das mudanças se deve a aposentadorias dos atuais membros, como é o caso do atual presidente Hu Jintao, 69. A idade máxima dos membros da cúpula é 70 anos.

Veja abaixo alguns detalhes sobre a estrutura de poder na China.
Editoria de Arte/Folhapress


Monge tibetano exilado se manifesta na Índia em solidariedade a tibetanos que se auto-imolaram em protesto contra o Partido Comunista chinês

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Netanyahu reafirma prontidão de Israel para atacar Irã

Informações: Portal Terra
"Bibi" Netanyahu do partido linha dura Likud sempre foi belicoso

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, se declarou "pronto, se for necessário", para lançar um ataque contra instalações nucleares iranianas, durante entrevista na TV. "Estamos prontos, se necessário, para apertar o botão" e iniciar um ataque contra instalações nucleares do Irã, disse Netanyahu ao Canal 2 da televisão israelense sobre uma ação "convencional" e não nuclear.
"Espero que isto não ocorra. No final, a responsabilidade repousa sobre o primeiro-ministro e enquanto eu for o premier, o Irã não terá a arma nuclear. Se não houver outra possibilidade, Israel terá que agir", insistiu Netanyahu. "Se podemos solucionar o assunto (nuclear iraniano) mediante pressões internacionais, tanto melhor (...), mas somos sérios, não estamos fingindo", insistiu Netanyahu na entrevista.
O primeiro-ministro lembrou que diante de suas advertências, "o presidente (Barack) Obama reconheceu formalmente a Israel o direito de autodefesa, e o presidente (François) Hollande também". Netanyahu realizou na semana passada uma visita à França, durante a qual se reuniu pela primeira vez com Hollande.
A entrevista é divulgada um dia antes da eleição presidencial nos Estados Unidos e após Netanyahu ter pressionado a administração americana, nas últimas semanas, para que fixe uma "linha vermelha" visando impedir o regime em Teerã de obter a arma nuclear.
Segundo o Canal 2, Netanyahu e seu ministro da Defesa, Ehud Barak, deram em 2010 a ordem às Forças Armadas para preparar um ataque contra instalações nucleares iranianas, que finalmente foi anulado. O ataque não saiu por oposição do chefe do Estado-Maior na época, general Gaby Ashkenazi, e do então chefe do Mossad, Meir Dagan, segundo o Canal 2.