A Aliança entre PT e PMDB se diluiu e com a corrupção no Governo e as maluquices na política econômica de Dilma, o seu impeachment ocorreu em 2 de dezembro de 2015.
O seu vice, Michel Temer, colega de chapa nas eleições assumiu o governo e tentou fazer algumas reformas, mas com o tanto de corrupção que estava também ligado a ele e a seu partido o PMDB, ex-aliado do PT no governo, quase que ele acabava do mesmo jeito de Dilma, com impeachment, Mas como conhecia bem o congresso terminou se livrando.
Em 2018 Bolsonaro começa uma campanha como azarão e termina vitorioso depois de uma tentativa de homicídio de um ex-militante psolista. Começa um novo ciclo no país arrasado economicamente. Lula estava preso, mas a alguns dias foi solto, beneficiado pela releitura do STF sobre prisão em 2ª instância. O país está dividido em polos radicais e há um grupo de centro que não aceita mais corrupção e quer a democracia.
As reformas no país são inevitáveis diante do caos instalado e são urgentes para geração de emprego e o crescimento da economia. Vamos ver como os estados se comportarão quando chegar o momento deles cuidar de suas previdências.
Blog de Rinaldo Carvalho
segunda-feira, 11 de novembro de 2019
Lembrança de Viagem aos EUA: Palestra em Conferência
Em julho de 2013 fui convidado como um dos palestrantes da 1ª Conferência Fé e Esperança na cidade de Newark, capital do estado de Nova Jersey. Dentre outros palestrantes estavam o capelão Paul Rech, que serviu na ajuda aos feridos no atentado de 11 de Setembro de 2001, em Nova Iorque, que é 25 minutos de metrô de onde estávamos. Também estava como palestrante Maurício Vieira e Pr Celino Alves que foi um dos articuladores do evento, junto com a Pra. Dayse e Pr. Robiinho.
Foi muito bom poder compartilhar as experiências que vivemos enquanto policiais comunitários que tem na comunidade sua maior parceira no enfrentamento da violência.
Meu nome saiu errado na descrição do vídeo, é José Rinaldo Carvalho da Silva, mas puseram José Rinaldo Costa. Sem problemas.
Abaixo o link do vídeo da entrevista:
Entrevista José Rinaldo Carvalho, após palestra em Nova Jersey na Conferência Fé e Esperança
terça-feira, 19 de dezembro de 2017
Rede globo, tentativa de domínio global de um país
Logo de início quero deixar claro que sou totalmente a favor da liberdade de expressão e da imprensa livre. São importantes num convívio democrático, que deve também punir os excessos daqueles que usam o direito para denegrir a dignidade alheia. entretanto, Essa rede de televisão que se tornou uma companhia muito poderosa não só de tv aberta, mas também de rádio e jornal impresso, que são as mídias tradicionais, bem como na área de tv por assinatura, pay per view, e pela internet através de seus serviços de streming e aplicativos, se tornou a maior influência cultural que o nosso país, o Brasil, tem interiormente.
A Rede Globo sabe muito bem do poder que tem e usa esse poder de maneira aparentemente dentro da legalidade - por que se sabe das sujeiras desde sua concessão no passado no governo militar. Através de um jogo pesado e sujo a emissora fez sua história, sem esquecer um minuto sequer de procurar fazer suas produções, principalmente novelas, dentro de um padrão de qualidade que virou referência nacional: padrão globo de qualidade. As outras emissoras se esforçam e fazem seu melhor e ainda assim não chegam perto desse padrão. Ciente da penetração nos lares brasileiros a tv globo foi usando seu poder de cativar por um lado e modelar por outro. Uma estratégia que ela foi aperfeiçoando ao longo do tempo.
Entretanto, nos últimos anos, percebe-se uma mudança radical em sua estratégia. Ela agora não se contenta apenas com esse premissa de cativar para moldar. O estouro desnorteante das mídias sociais deu voz e vez a quem nunca chegaria a ser notado, muita gente chegou ao estrelato exclusivamente pela internet, e o apelo de ser uma estrela global - que ainda é muito forte - deixou de ser um dos principais sonhos de uma parcela da população. A Globo se gaba de dizer que tem milhões de espectadores. Se ela se preocupa em informar isso é por que está preocupada. Ninguém teme mais desafiá-la, seu poder de influenciar ainda é grande, mas muita gente hoje ousa enfrentá-la: desde cidadãos que não se sentem representados pelos seus valores, até os políticos corruptos que tremiam em sair no jornal nacional. Diante dessa nova realidade, diante dos ataques ao vivo, quando transeuntes gritam "globo lixo" diante das câmeras, diante da avalanche de gritos de opositores de todas as vertentes políticas - visto que ela se tornou uma medusa de muitas cabeças, todos a acusam de ser parte do projeto político do adversário - ela partiu para o tudo ou nada, no intuito de impor sua própria agenda, seus próprios interesses.
No campo cultural, que é o que quero me ater agora, fica clara a tentativa de fazer do povo uma marionete descerebrada, ávida por sexo e drogas. A palavra empoderamento é usada como um adjunto a toda forma de expressão politicamente correta. As "minorias" seriam as detentoras das virtudes planetárias e todos que se opuserem a este mundo maniqueísta do eles contra nós, é um "hater" (odiador, do inglês, essas modas sempre começam lá fora). Na primeira edição do Big Brother ela escolheu um candidato a ícone das minorias, mas o cara não correspondeu e aparentemente desagradou a emissora no final do programa. Outro sujeito marombado amoleceu o povo brasileiro ao chorar por uma vassoura que ele tinha improvisado e feito uma boneca, que era sua única amiga na casa, onde ele se sentia muito só. Deu bastante audiência, mas adiou o sonho da platinada. Cléber Bambam, ganhou o 1 big brother e andré não chegou a final. Algumas edições depois a globo achou o seu protótipo. Professor universitário e com capacidade de expressar os valores globais, a nova ordem. Um arauto de um movimento global - global aqui se refere as nações não a Globo - de liberação das drogas e da relativização das estruturas basilares da sociedade como fé-religião e família tradicional. Seu herói virou deputado federal e entre lições de moral contra corruptos e desafetos, desferre cusparrada.
A Globo mudou. Atacada, ele partiu pro ataque e para a desqualificação de seus adversários. Elegeu o programa de Fátima Bernardes o seu editorial de cada dia, com exceções, onde recebe pessoas de opiniões contrárias, onde essas exceções confirmam a regra. A ditadura do politicamente correto se sobrepondo a natureza das coisas. Ela agora a pouco passou dos limites ao colocar comercial em que fala de um show só de mulheres cantora. Ocorre que um travesti vem no final do programa como atração principal no programa só de mulheres. Ele nem no meio das convidadas estava, ele era a mulher pra fechar com chave de ouro a atração. Talvez a Globo o considere mais mulher do que as mulheres mas com certeza se trata de uma imposição cultural à imagem e semelhança dos valores dos que fazem essa emissora
A Rede Globo sabe muito bem do poder que tem e usa esse poder de maneira aparentemente dentro da legalidade - por que se sabe das sujeiras desde sua concessão no passado no governo militar. Através de um jogo pesado e sujo a emissora fez sua história, sem esquecer um minuto sequer de procurar fazer suas produções, principalmente novelas, dentro de um padrão de qualidade que virou referência nacional: padrão globo de qualidade. As outras emissoras se esforçam e fazem seu melhor e ainda assim não chegam perto desse padrão. Ciente da penetração nos lares brasileiros a tv globo foi usando seu poder de cativar por um lado e modelar por outro. Uma estratégia que ela foi aperfeiçoando ao longo do tempo.
Entretanto, nos últimos anos, percebe-se uma mudança radical em sua estratégia. Ela agora não se contenta apenas com esse premissa de cativar para moldar. O estouro desnorteante das mídias sociais deu voz e vez a quem nunca chegaria a ser notado, muita gente chegou ao estrelato exclusivamente pela internet, e o apelo de ser uma estrela global - que ainda é muito forte - deixou de ser um dos principais sonhos de uma parcela da população. A Globo se gaba de dizer que tem milhões de espectadores. Se ela se preocupa em informar isso é por que está preocupada. Ninguém teme mais desafiá-la, seu poder de influenciar ainda é grande, mas muita gente hoje ousa enfrentá-la: desde cidadãos que não se sentem representados pelos seus valores, até os políticos corruptos que tremiam em sair no jornal nacional. Diante dessa nova realidade, diante dos ataques ao vivo, quando transeuntes gritam "globo lixo" diante das câmeras, diante da avalanche de gritos de opositores de todas as vertentes políticas - visto que ela se tornou uma medusa de muitas cabeças, todos a acusam de ser parte do projeto político do adversário - ela partiu para o tudo ou nada, no intuito de impor sua própria agenda, seus próprios interesses.
No campo cultural, que é o que quero me ater agora, fica clara a tentativa de fazer do povo uma marionete descerebrada, ávida por sexo e drogas. A palavra empoderamento é usada como um adjunto a toda forma de expressão politicamente correta. As "minorias" seriam as detentoras das virtudes planetárias e todos que se opuserem a este mundo maniqueísta do eles contra nós, é um "hater" (odiador, do inglês, essas modas sempre começam lá fora). Na primeira edição do Big Brother ela escolheu um candidato a ícone das minorias, mas o cara não correspondeu e aparentemente desagradou a emissora no final do programa. Outro sujeito marombado amoleceu o povo brasileiro ao chorar por uma vassoura que ele tinha improvisado e feito uma boneca, que era sua única amiga na casa, onde ele se sentia muito só. Deu bastante audiência, mas adiou o sonho da platinada. Cléber Bambam, ganhou o 1 big brother e andré não chegou a final. Algumas edições depois a globo achou o seu protótipo. Professor universitário e com capacidade de expressar os valores globais, a nova ordem. Um arauto de um movimento global - global aqui se refere as nações não a Globo - de liberação das drogas e da relativização das estruturas basilares da sociedade como fé-religião e família tradicional. Seu herói virou deputado federal e entre lições de moral contra corruptos e desafetos, desferre cusparrada.
A Globo mudou. Atacada, ele partiu pro ataque e para a desqualificação de seus adversários. Elegeu o programa de Fátima Bernardes o seu editorial de cada dia, com exceções, onde recebe pessoas de opiniões contrárias, onde essas exceções confirmam a regra. A ditadura do politicamente correto se sobrepondo a natureza das coisas. Ela agora a pouco passou dos limites ao colocar comercial em que fala de um show só de mulheres cantora. Ocorre que um travesti vem no final do programa como atração principal no programa só de mulheres. Ele nem no meio das convidadas estava, ele era a mulher pra fechar com chave de ouro a atração. Talvez a Globo o considere mais mulher do que as mulheres mas com certeza se trata de uma imposição cultural à imagem e semelhança dos valores dos que fazem essa emissora
quarta-feira, 19 de abril de 2017
Despite talk of a military strike, Trump’s ‘armada’ actually sailed away from Korea
By Simon
Denyer and Emily Rauhala April 18 at 11:18 AM
BEIJING —
As tensions mounted on the Korean Peninsula, Adm. Harry Harris made a dramatic
announcement: An aircraft carrier had been ordered to sail north from Singapore
on April 8 toward the Western Pacific.
A spokesman
for the U.S. Pacific Command, which Harris heads, linked the deployment
directly to the “number one threat in the region,” North Korea, and its
“reckless, irresponsible and destabilizing program of missile tests and pursuit
of a nuclear weapons capability.”
Defense
Secretary Jim Mattis told reporters on April 11 that the Carl Vinson was “on
her way up there.” Asked about the deployment in an interview with Fox Business
Network that aired April 12, President Trump said: “We are sending an armada,
very powerful.”
U.S. media
went into overdrive, and Fox reported on April 14 that the armada was
“steaming” toward North Korea.
But
pictures posted by the U.S. Navy suggest that’s not quite the case — or at
least not yet.
A
photograph released by the Navy showed the aircraft carrier sailing through the
calm waters of Sunda Strait between the Indonesian islands of Sumatra and Java
on Saturday, April 15. By later in the day, it was in the Indian Ocean,
according to Navy photographs.
In other
words, on the same day that the world nervously watched North Korea stage a
massive military parade to celebrate the birthday of the nation’s founder, Kim
Il Sung, and the press speculated about a preemptive U.S. strike, the U.S. Navy
put the Carl Vinson, together with its escort of two guided-missile destroyers and
a cruiser, more than 3,000 miles southwest of the Korean Peninsula — and more
than 500 miles southeast of Singapore.
Instead of
steaming toward the Korea Peninsula, the carrier strike group was actually
headed in the opposite direction to take part in “scheduled exercises with
Australian forces in the Indian Ocean,” according to Defense News, which first
reported the story.
Neither the
Pacific Command nor the Pacific Fleet responded immediately to requests for
comment. On Monday, Cmdr. Clayton Doss, a Pacific Fleet spokesman, said only
that the USS Carl Vinson and its escorts were “transiting the Western Pacific.”
He declined to give a more precise location except to rule out the waters
around South Korea or Japan.
The
presence of the U.S. carrier strike group, and the threat of a U.S. military
strike on North Korea, had weighed heavily on Chinese minds and in the media
here. Foreign Minister Wang Yi warned that “storm clouds” were gathering and
the risk of conflict rising.
The news
that the ships were not where everyone assumed them to be was greeted with some
glee in the Chinese media Tuesday.
“Tricked
badly!” the Global Times exulted on its social media account. “None of the U.S.
aircraft carriers that South Korea is desperately waiting for has come!”
Was it all
a misunderstanding, or deliberate obfuscation?
Cai Jian,
an expert from the Center for Korean Studies at Fudan University in Shanghai,
said the whole episode was part of an elaborate game of “psychological warfare
or bluffing” by the United States. He argued that Washington never really
intended to launch a military strike on North Korea right now.
“At the
peak of the standoff, psychological warfare is very important,” he said.
Ross
Babbage, a nonresident senior fellow at the Center for Strategic Budgetary
Assessments, a Washington-based think tank that focuses on the military, said
the move may be “military signaling” by the United States.
“It’s more
than a bluff,” he said. “A bluff suggests you’re not serious. My understanding
is that this U.S. administration is dead serious. It’s been 40 years of trying
to get the North Koreans to back away from the nuclear weapons.”
Babbage
said it was also possible that the Trump administration had decided to give
China a little time to put its own pressure on North Korea before sending the
carrier strike group north. Trump met his Chinese counterpart, President Xi
Jinping, on April 6 and 7 and spoke by phone with him on April 11, and may have
wanted to give the Chinese some breathing space to before “rattling the bars,”
Babbage said.
Nor should
the aircraft carrier’s presence, alone, be given too much weight, he added,
since any early strikes on North Korea would likely have been carried out by
long-range aircraft.
Mattis said
the U.S. administration was working closely with China to address the issue of
North Korea’s nuclear program.
“You’re
aware that the leader of North Korea again recklessly tried to provoke
something by launching a missile,” Mattis told reporters Tuesday on his way to
Riyadh, Saudi Arabia. “It shows why we’re working so closely right now with the
Chinese coming out of the Mar-a-Lago meeting . . . to try to get this under
control and to aim for a denuclearized Korean Peninsula that China and the United
States, South Korea and Japan all share that same interest in.”
While the
belief that the Carl Vinson was heading toward Korea was reported as fact by
media outlets around the world, there were hints it was perhaps not steaming
there as fast as many supposed. On April 11, U.S. Naval Institute News reported
that although the carrier had canceled port calls in Australia, it had not
scrubbed training events to move faster toward the Korean Peninsula, and would
still take more than a week to enter waters near Korea — a point that was lost
amid heated talk of “war.”
Other
photographs released by the Navy showed the Carl Vinson in the South China Sea
from April 12 to 14.
In any
case, the carrier strike force may indeed be finally heading north now.
The Korea
Herald reported Monday that the Carl Vinson is due to arrive in South Korea’s
eastern waters on April 25, in time for another important date on the North
Korean calendar: the anniversary of the army’s founding.
Quoting
unnamed South Korean officials, the Herald said “the strike group will join the
South Korean Navy in a massive maritime drill designed to counter provocation
from the North.”
CNN also
cited U.S. defense officials as saying the aircraft carrier would arrive off
the Korean Peninsula at the end of April.
Luna Lin in
Beijing, Dan Lamothe in Washington, Thomas Gibbons-Neff in Riyadh and Anna
Fifield in Tokyo contributed to this report.
sexta-feira, 23 de setembro de 2016
O militante imaginário
Ele se considera superior a todos nós, reacionários e
caretas
Por Arnaldo Jabor
20/09/2016
O que é o “militante imaginário?” O filósofo José Arthur
Giannotti criou essa expressão e eu a achei perfeita. O “militante imaginário”
é o sujeito que se acha revolucionário, mas nunca fez nada pelo povo.
Chamemo-lo de MI. É-se militante imaginário como se é Flamengo ou Corinthians.
Agora, nesta grande crise de mutação que vivemos, pululam militantes
imaginários.
O MI se julga em ação, só que não se mexe. Ele é a favor de
um Bem que não conhece bem. O que é o “Bem” para ele, o nosso militante
imaginário?
Para o MI de hoje o “Bem” é uma mistura de crenças
ideológicas que nos levariam a um futuro de felicidade. A mente de um MI é um
sarapatel de leninismo vulgar, socialismo populista, subperonismo, vagos ecos
getulistas e um desenvolvimentismo tosco.
Eles gostam de ser militantes porque é bonito ser de uma
vaga esquerda enobrecedora; ela abriga, como uma igreja, muitos tipos de
oportunismo ideológico. São professores universitários, intelectuais sem
assunto, jovens sem cultura política e até mesmo os black blocs que já são
tolerados e viraram uma espécie de “guarda revolucionária” dos militantes.
Existem vários tipos de militantes imaginários.
Há o militante de cervejaria, de estrebaria e de enfermaria.
Bêbados, burros e loucos.
O MI é um revolucionário que não gosta de acordar cedo. É
muito chato ir para porta de fábrica panfletar.
O militante verdadeiro, puro, escocês, só gosta de teorias.
A chamada “realidade” atrapalha muito com suas vielas e becos sem saída. Os MIs
odeiam a complexidade da realidade brasileira, porque eles aspiram a um
absoluto social num mundo relativo; eles querem um Brasil decifrado por três ou
quatro slogans.
A grande paixão do MI é a certeza. “Dúvida” é coisa de
burguês reacionário, frescura social-democrata ou neoliberal. O MI só pensa no
futuro; odeia o presente com suas complicações, idas e vindas. O militante
odeia meios; só tem fins.
Para o MI, o presente é chato. O futuro é melhor porque
justifica qualquer fracasso: “falhamos hoje, mas isso é apenas uma contradição
passageira na marcha para a grande harmonia que virá!” E, quanto mais
fracassos, mais fé. O MI perde o poder, mas não perde a pose e a fé. A cada uma
de suas frequentes derrotas, mais brilha sua solidão de “vítima” do
capitalismo. Aliás, ser “contra” o capitalismo justifica tudo e garante uma
respeitabilidade reflexiva. E hoje, como o comunismo está inviável, os MIs
lutam pela avacalhação do que já existe, pois não têm nada para botar no lugar.
O MI é uma espécie de herói masoquista, pois tem o charme
invencível do derrotado que não desiste.
Os MIs são em geral românticos, são até bons sujeitos, mas
são meio burros.
Há até MIs cultíssimos, eruditos; porém, burros. Eles não
veem o óbvio, porque o óbvio é muito óbvio. Acham que a verdade só existe
escondida nas nervuras do real.
Depois de 13 anos de erros sucessivos, quando o PT abriu as
portas para o presidencialismo de corrupção, houve o impeachment. Foram longos
meses de cuidados constitucionais até a conclusão. O STF, o Congresso, a OAB, a
PGR, todos consagraram rituais institucionais corretos.
Mas não adianta; depois de pixulecos e panelaços, começou a
gritaria de “golpe, golpe” e refloriu a primavera dos militantes imaginários
que estavam meio arredios, acuados. A desgraça é que eles insistem nas
dualidades ideológicas, quando o problema do Brasil é contábil. É a economia,
estúpidos! — como disse Carville.
Hoje eles estão pululando e gritando “Fora Temer”; até sem
saber por quê.
Não importa se dilmistas e petistas tenham arrasado o país,
jogando-o na maior depressão da história; o que importa para os MIs é que,
mesmo arrebentando tudo, eles portavam a bandeira mágica da revolução
imaginária que tudo justifica. Espanta-me a frivolidade desses protestos
abstratos. Os MIs não se permitem nem alguns meses da esperança de que se consertem
as contas públicas; destruíram-nas e não deixam consertá-las.
O militante imaginário se considera superior a todos nós,
reacionários e caretas.
O MI é uma alegoria de si mesmo; ele não é apenas um
indivíduo — ele é mais do que isso, ele é o autodeclarado embaixador do povo. O
militante imaginário se considera o sujeito da História, o cara que vai mudar o
rumo do erro; enquanto isso, a direita sabe que a História não tem sujeito; só
objeto (no caso o lucro).
Eles lutam pelo passado. São regressistas com toques
sebastianistas de paz no futuro e glória no passado. Eles têm uma espécie de
saudade de um mundo que já foi bom. Quando foi bom? Durante as duas guerras, no
stalinismo, quando?
Ou seja, eles têm saudade de um tempo em que se achava que o
mundo poderia vir a ser bom... É a saudade de uma saudade.
O MI acha que o mundo se divide em esquerda e direita — em
opressores e oprimidos. Qualquer outra categoria é instrumento dos
reacionários. O MI detesta contas, safras de grãos, estatísticas, tudo aquilo
que interessa à velha direita. Por isso, ela ganha sempre.
O militante imaginário não pode ser confundido com o
patrulheiro ideológico. Esse vigia os desvios dos outros. O MI brilha como um
exemplo a ser seguido. O MI só ama o todo.
Enquanto a direita só ama a “parte” (sua, claro), o MI nunca
leu “O Capital”; a direita também não, mas conhece o enredo. O MI vive falando
em “democracia”, mas não acredita nela. Como sempre, os MIs só defendem a
democracia como estratégia (“a gente apoia e depois esquece...”) .
Ultimamente, os MIs andam eufóricos — não precisam mais
governar e outras chateações administrativas. Agora, estão na doce condição de
vítimas. E por aí vão, se enganando, se sentindo maravilhosos guerreiros com
“boa consciência”, enquanto contribuem para a paralisia brasileira. É isso
aí...
O MI me lembra uma frase de Woody Allen que adoro:
“A realidade não tem sentido, mas ainda é o único lugar onde
ainda se pode comer um bom bife”.
O MI não quer bife.
segunda-feira, 19 de setembro de 2016
Violência contra Cristãos ressurge no Egito
do New
York times
POR ROD NORDLAND
SETEMBRO 16, 2016
Restos de uma capela incendiada em
Ismaília; tensão entre cristãos e muçulmanos cresce no Egito (Khaled
Desouki/Agence France-Presse — Getty Images)
|
MINIA, Egito — O governo egípcio nomeou recentemente o imã Mahmoud
Gomaa para manter a paz entre cristãos e muçulmanos em uma parte do Alto Egito.
“Está tudo bem”, insistiu ele, citando a participação dos cristãos na
sua iniciativa oficial de pacificação. Mas, poucas horas depois, o bispo local,
Makarios, manifestou uma visão bem diferente. “Não tenho nada a ver com Mahmoud
Gomaa”, disse.
Mais uma vez, os cristãos egípcios estão se sentindo sitiados, pelo
menos em Minia, uma cidade às margens do Nilo onde cerca de 40% da população é
cristã. E, mais uma vez, os líderes cristãos estão divididos sobre como reagir.
Há nos altos escalões da Igreja Ortodoxa Copta um esforço de colaborar
com o governo nacional para transmitir uma imagem de unidade. Após uma série de
ataques contra os coptas nos últimos meses, o papa copta, Tawadros 2º, pediu a
seus seguidores nos Estados Unidos que evitem fazer protestos para chamar a
atenção internacional para a violência.
Mas, em Minia, onde a violência contra os cristãos muitas vezes se
inflama, os líderes coptas locais relutam em se manter passivos. “Estamos num
ponto de ruptura”, disse o bispo Makarios. “As pessoas não aguentam mais.”
A comunidade cristã do Egito, estimada em 10% da população nacional,
manteve durante muito tempo uma relação simbiótica com o Estado. O governo
proporcionava segurança num ambiente cada vez mais hostil, e a liderança cristã
ajudava a mostrar ao Ocidente uma faceta de tolerância e liberdade religiosa.
Esse pacto se esgarçou nos últimos anos do regime de Hosni Mubarak e
parecia ter se desfeito quando o ditador foi derrubado e substituído por um
presidente islamita eleito pelo voto popular, Mohammed Mursi. Os ataques a
igrejas, liderados por jovens islâmicos, cresceram.
Por isso, quando o general Abdel Fattah al-Sisi depôs Mursi e ocupou a
Presidência, em 2013, a Igreja Copta estava entre seus maiores apoiadores. Em
janeiro de 2015, Sisi participou das celebrações do Natal copta e foi elogiado
por ser o primeiro líder egípcio a fazê-lo.
Mas os limites desse apoio ficam evidentes em Minia, onde os cristãos
continuam a sofrer violência e humilhações. Casas foram queimadas, coptas foram
atacados nas ruas, e pichações de ódio foram pintadas nas paredes de algumas
igrejas. As autoridades coptas contabilizaram 37 ataques nos últimos três anos,
sem incluir cerca de 300 outros logo depois da deposição de Mursi e da sua
Irmandade Muçulmana, em 2013.
O ponto de inflexão para os coptas locais ocorreu em maio, quando uma
cristã idosa teve as roupas arrancadas por uma multidão, incitada pelos rumores
de que o filho da mulher estava em um relacionamento com uma muçulmana.
“Depois que aquela mulher foi desnudada, não podíamos mais ficar
quietos — não depois disso”, afirmou o bispo Makarios. O que mais irritou os
coptas, segundo ele, “foi que as autoridades vieram negar o incidente”.
“Se tivessem se desculpado ou dito que investigariam o caso seria
diferente, mas isso foi um insulto ao Egito e às mulheres do Egito”,
acrescentou.
Não só a moça muçulmana não se relacionava com o filho da mulher
atacada como, segundo o bispo, está processando o próprio marido por injúria,
acusando-o de ter criado o boato.
Para o imã Gomaa, os ataques em Minia resultam de pequenas disputas que
por acaso contrapuseram cristãos e muçulmanos. “Ninguém morreu”, disse ele.
“Ninguém nem sequer se feriu. Não há conflito. O problema é com os jornalistas
que ficam escrevendo sobre isso.”
Na verdade, segundo o bispo, houve mortes. Em julho, na aldeia de Tahna
al-Jabal, cerca de Minia, um cristão foi assassinado a facadas por uma turba,
disse Makarios. Um mês antes, no Sinai, um padre foi morto por extremistas do
Estado Islâmico, tornando-se a nona vítima copta da violência dessa milícia
terrorista no norte do Sinai.
Um suspeito foi preso pelo esfaqueamento, mas, para o bispo, deverá ser
libertado, a julgar pelo padrão visto após outros ataques contra cristãos.
“Em ataques como esses, todos são soltos, nem um só [agressor] foi
punido até agora, e isso é que realmente perturba os coptas. Enquanto ninguém
for punido, isso só vai piorar.”
Os coptas também se queixam de que estão sendo proibidos pela polícia
de abrir novas igrejas, devido a supostas razões de segurança.
Em Ismaília, os coptas foram orientados pelas autoridades a rezar numa
tenda, mas essa tenda recentemente foi incendiada. Dois rapazes acusados de
atear fogo ao local foram libertados.
“A polícia diz que as igrejas não podem abrir por preocupação com a
segurança?”, disse Abram Samir, funcionário laico da igreja. “É
responsabilidade deles me proteger e me deixar exercer meus direitos.”
Nour Youssef colaborou na reportagem
terça-feira, 10 de maio de 2016
Prisioneiros do olhar religioso
Será que temos a noção que uma vez que somos "servos de Cristo" - que nos chamou do império das trevas para o seu Reino de amor - foi para sermos livres? A nossa liberdade deve ser ser balisada pelo amor. Entretanto, vemos muita gente infeliz enquanto se preocupar em parecer um religioso sincero e está muito sinceramente preocupado com o que os outros vão pensar de si mesmo. Criou-se no meio cristão uma imagem do que é ser um crente vencedor, que é no caso de homem, um sujeito sisudo, com olhar levemente inclinado para baixo, que não goste muito de rir e só fale de assuntos sérios. Ele busca ser educado, mas se brincar com ele, cuidado! As irmãs tem que estar sempre felizes - o contraponto - e falar muito sobre vitória. Precisa demonstrar que ora muito e que gosta muito de estar na igreja. Esses elementos em si são até muito positivos, o problema a meu ver é buscar estabelecer isso como padrão de santidade. É essa busca por um comportamento engessado que não engloba as particularidades das pessoas. Nem todo mundo vai querer ser sério o tempo todo, brincar faz bem pra saúde. O corpo humano foi feito por Deus pra se exercitar, atividades de lazer e recreação são tão essenciais que ajudam a manter a própria saúde do corpo e da mente.
Fico preocupado com essa tipo de evangelho que se preocupa muito com a forma e pouco com o conteúdo, pois é o "ser" interior que deve se renovar, todos os dias, não se conformando com este século, apresentando os corpos e todo seu entendimento em sacrifício, vivo, santo e agradável a Deus.
Qualquer comportamento que vise essencialmente a aprovação, louvor e honra dos homens não tem qualquer significado relevante diante de Deus, se estivermos entrando nesse caminho, estaremos sujeitos a sermos tomados apenas como fariseus, que buscam a honra enquanto passam pelas ruas e esquinas.
Deus nos fez diferentes e o Senhor conhece cada um de nós, Ele respeita o nosso jeito de ser, embora pareça as vezes que todo mundo na igreja precisa entrar em uma forma para que seja considerado cristão. Conhecer a si mesmo faz parte da iluminação de Deus em nossas vidas, fomos chamados à liberdade, só não devemos usar a liberdade para dar ocasião à natureza pecaminosa. Não fazendo isso, vivamos o ar da liberdade para a qual fomos chamados, cada um com seu jeito de ser, por que num corpo cada órgão tem função diferente, embora pertençam todos ao mesmo corpo.
Devemos aprender cuidar do que realmente importa, como Deus está me vendo? será que não tem tanta coisa ainda pra mudar? com certeza sim. Mas se estou numa jornada honesta de conhecer a sua vontade e mudar o que está errado, corrigindo meus erros, por que devo me preocupar com o que os outros estão achando de mim? Se minha caminhada é na busca de ser iluminado pela sua palavra e viver de maneira simples, sem ostentar nem bens nem espiritualidade,
estarei sendo verdadeiro com Deus e comigo mesmo.
Fico preocupado com essa tipo de evangelho que se preocupa muito com a forma e pouco com o conteúdo, pois é o "ser" interior que deve se renovar, todos os dias, não se conformando com este século, apresentando os corpos e todo seu entendimento em sacrifício, vivo, santo e agradável a Deus.
Qualquer comportamento que vise essencialmente a aprovação, louvor e honra dos homens não tem qualquer significado relevante diante de Deus, se estivermos entrando nesse caminho, estaremos sujeitos a sermos tomados apenas como fariseus, que buscam a honra enquanto passam pelas ruas e esquinas.
Deus nos fez diferentes e o Senhor conhece cada um de nós, Ele respeita o nosso jeito de ser, embora pareça as vezes que todo mundo na igreja precisa entrar em uma forma para que seja considerado cristão. Conhecer a si mesmo faz parte da iluminação de Deus em nossas vidas, fomos chamados à liberdade, só não devemos usar a liberdade para dar ocasião à natureza pecaminosa. Não fazendo isso, vivamos o ar da liberdade para a qual fomos chamados, cada um com seu jeito de ser, por que num corpo cada órgão tem função diferente, embora pertençam todos ao mesmo corpo.
Devemos aprender cuidar do que realmente importa, como Deus está me vendo? será que não tem tanta coisa ainda pra mudar? com certeza sim. Mas se estou numa jornada honesta de conhecer a sua vontade e mudar o que está errado, corrigindo meus erros, por que devo me preocupar com o que os outros estão achando de mim? Se minha caminhada é na busca de ser iluminado pela sua palavra e viver de maneira simples, sem ostentar nem bens nem espiritualidade,
estarei sendo verdadeiro com Deus e comigo mesmo.
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